I'll Only Be Me Once

Reflexão sobre identidade e escolhas em “I'll Only Be Me Once”

A música “I'll Only Be Me Once”, de Chip Taylor, aborda de forma clara a urgência do autoconhecimento diante da brevidade da vida. O refrão repetido — “I'll only be me once / So I better find out who I am” (“Só serei eu mesmo uma vez / Então é melhor eu descobrir quem sou”) — destaca que cada pessoa tem uma chance única de entender e afirmar sua identidade, sem espaço para dúvidas prolongadas sobre si mesmo ou sobre o próprio papel no mundo.

O contexto apresentado na música traz histórias como as de Lucinda, David e Suzi Diaz, que ilustram dilemas morais e a importância de agir com integridade e empatia. O caso de David, executado por matar um policial, mas que “did a lot of good in his next 32 years” (“fez muito bem nos 32 anos seguintes”), levanta questões sobre redenção e justiça, mostrando que ninguém é definido apenas por seus erros passados. Já Suzi Diaz, vítima de violência policial em El Paso, amplia o tema para a responsabilidade coletiva: “Did you walk on by / When she cry out for protection? Or did you speak up?” (“Você passou direto / Quando ela pediu proteção? Ou você se manifestou?”). Aqui, Taylor provoca o ouvinte a refletir sobre sua postura diante da injustiça, conectando autoconhecimento à ação ética.

Ao mencionar que dividiu o palco com “bandits and heroes”, “abusers and murderers” e “fools such as I” (“bandidos e heróis”, “abusadores e assassinos” e “tolos como eu”), o artista reconhece a complexidade humana e a convivência com diferentes tipos de pessoas. A música, assim, propõe uma reflexão honesta sobre identidade, escolhas e responsabilidade, tanto individual quanto coletiva.