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Pretugal

Chullage

Letra

    Brutalidade policial
    Baixo rendimento salarial
    A injustiçajudicial
    Prekkkonceito racial
    Violência
    Toxikkkodependência
    Delinkuência
    Desobediência às leis
    Os fios, os anéis
    Os bares, os bordeis
    Os telemóveis
    Os automóveis
    Com twitters e woffers de 350 watts
    Subwoffers com bass k até bates
    Mal
    Ekkkualizadores
    Amplifikkkadores
    Estofos de kkkabedal
    Pra’ra pôr negros e negras petrifikados pelo som
    Pelos vidros e faróis fumados, pelas saias e alleron
    E as jantes de liga leve
    Até k alguém o pegue, o leve
    E o desmonte
    E o enkontres pragado num beko da Arrentela, Vale, Quinta, Mira, Monte ou da Lisa
    Os niggas na prisa
    Por botes e lojas feitas ou paiamentos de yosh e kkkrisa
    O tuga k nos inferioriza
    O ódio ke se interioriza
    Policia k nos martiriza
    A kota k sonha com um futuro para nós k nunca se realiza
    Os niggas k morrem nesta guerra, a dor k nos paralisa
    Na ignorância k com vingança o sofrimento se minimiza
    A konfusão à porta de taberna
    Onde a embriaguês governa
    As pulgas subindo pela perna
    Os niggas k não lutam sonhando com totoloto
    Com o Totta ou Souto
    Com um puto na rua roto
    Brinkando entre as águas do esgoto

    Coração lá e korpo ká em pretugal
    Mentalmente enkkkarcerados ká em pretugal
    Sem pão, mas com veneno e armas pra’ra morrermos em pretugal
    Segregados pra’ra não sermos ninguém em Portugal

    Os ratos, a inveja, o ciúme
    O perfume
    De urina
    Na eskkina
    O nigga k penetra uma vagina
    Insemina
    E dá de fuga deixando um menino no kolo de uma menina
    Duia de kueka fora
    Diskoteka fora
    Keka mó fora
    Na hora
    Com kizomba na banda sonora
    Agora
    Tas na merda shema, o teu nigga desmarka
    Brotha pragado no bairro, deskontra, armado em monarka
    Com tudo de markkka
    Mas nada na arka
    Enkuanto a mente sufoka na praia e na birra se encharka
    A pobreza e ganância k no kkkrime nos embarka
    E nos desembarka
    Na kkkampa ou na kkkana
    O dinheiro fodido no Tommy Armani, CKkk, ou Gabana
    Pra’ra impressionares akela mana
    Na disko afrikana
    O tiroteio, a fakada por causa duma punana
    Kaçadeiras, revolveres, às vezes até katana
    E kd não há saem kekes k é pra’ra abrires a pestana
    A violência domestika k torna o lar hostil
    O insucesso eskkkolar, o trabalho infantil
    K infertiliza o skill
    A televisão k emite
    Uma visão estereotipada da street
    Mantendo niggas mais blokkkeados k maxilas de pit
    Konas e pilas onde a sida se transmite
    No sexo inseguro k fode da xungaria à elite
    A obra, o makkk Donald’s, a limpeza
    O trabalho não kkkualifikkkado, mal remunerado k não une a família à mesa
    A desunião
    Desorganização
    Desinformação
    Inkkkapacidade de auto-afirmação
    De mudar o ruma à situação
    O Natal e o aniversário sem presentes
    As saudades da nossa gente
    No fragilizado kontinente
    A desigualdade de kritérios
    O kultural adultério
    A falta de um projekto polítiko sério
    Pra’ra rekonstruir o nosso império
    O realojamento de barrakkkas pra’ra prédios, de 2ª kategoria
    Na periferia
    Com xibaria
    De vigia
    Com falta de transportes
    E ambulâncias k evitem as mortes
    O trafikkkp, o jogo, o furto
    Por dinheiro num espaço de tempo curto
    O surto
    De pragas, doenças e outros preticidas
    As pesadas sentenças lidas k nos roubam as vidas
    E as devolvem com as esperanças sub nutridas
    E as expektativas demolidas diluídas

    As rimas, os beats
    Os rots, os pits
    Os bull terriers, os staffs
    As rodas de Freestyle, break dance ou graffs
    A peladinha sábado à tarde
    A tralha k arde
    A cerveja a rodar pelos brothas do yard
    Kontrolando kus e mamas de afrikanas doces k giram no guettops
    O slang kriado entre a língua tuga e os dialektos dos palop’s
    O dedo do meio no ar pra’ro bote dos kkkops
    As noites em k não há kkkonfusão na boda
    Machu e fema a rossarem tudo a noite toda
    Os dias em k dá par repetir o prato
    Os bules em k não é preciso kortar o kabelo nem tirar os brinkos para se ter um kkkontrato
    As noites em k ninguém vai dentro
    Os seguranças k não nos seguem no centro
    O amor
    Entre brothas e sistas, o kalor
    O ritmo musikal
    A expressão korporal
    A komida tradicional
    A linguagem ancestral
    E o alto astral
    Apesar de tudo akkkilo k korre mal
    A grandeza espiritual
    O Orisha
    O Allah
    Ou Jah
    K nos protege
    Já k a autoridade não nos protege
    Só nos mente até ao dia k agente a elege
    O amor ao guetto k nos rege
    A força, o drible, a velocidade
    A alegria, akele pingo de felicidade
    K nunka desaparece
    Independentemente de tudo akkkilo k acontece
    Na komunidade


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