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Voz Dos Excluidos

Cíntia Savoli

Letra

    Na vibe da ostentação, poderoso é quem tem mais
    Os plaquês que você ostenta, não é capaz de comprar a paz
    Maldito papel moeda
    Fez meu povo refém
    Disseminando na mente: “você vale o que tem”

    Os verdadeiros mensageiros abrem a mente do excluído
    Ao seu redor você vai enxergar quem é o verdadeiro inimigo
    Criticam o moleque que é preso por porte de droga
    Não é ele que veio da Colômbia trazendo coca

    O rap trava combate à jornalista da tela
    Para as Shearazard de plantão aprender o que é favela
    Mantenho o meu relato, veracidade no fato
    Emprego e salário barato, escravidão no anonimato

    Com o tempo entendi que a educação
    É moldada pela elite pra se esconder a opressão
    Apartir daí, um novo homem surgiu
    Decepção quando descobriu que o professor mentiu

    Blindei minha ideologia
    Não vou ser estatística
    Que enriquece filho da puta com comércio armamentista
    Todo sangue que nesse solo foi derramado
    Vai ser vingado com poeta cada vez mais revoltado

    Avante! Revolução!
    O peso dos versos vão vir de acordo com a força da sua opressão

    Quem representa a favela? O rap nacional
    Quem não esconde a verdade? O rap nacional
    Quem é a voz dos excluídos? O rap nacional

    Me diz aí se a guerra é declarada ou camuflada
    Se existe liberdade ou se é conto de fada
    Se o fim do preconceito é só mais uma piada
    Se a luta por direitos iguais é só fachada

    O que eu mais vejo é o que muitos preferem não ver
    Que a maioria da população vai perecer
    Parte de um plano bem forjado da burguesia
    Para excluir, você tá ligado na covardia

    Noticiário faz o maior alarde com a realidade
    Faz parecer que o efeito é a causa, maior pilantragem
    Se não tiver educação, não vão entender
    Que o inimigo na verdade é quem tá no poder

    Vem ver o que acontece se pisar em falso
    Não tem perdão aqui, se vacilou é um abraço
    É um pesadelo todo dia a rotina do gueto
    Ser fuzilado por polícia por ser pobre e preto

    Meu rap é de prostesto, denúncia desses esquemas
    Vão ter que me engolir porque eu vim criar problema
    Se a voz da favela não é o rap, eu num sei quem é
    Quer testar minha fé? Bate de frente e vê qual é

    Tudo que vai volta, não aprendi com a lei de Newton
    Foi no meio do fogo cruzado, correndo perigo
    Aqui é Sabóia Santa Sul seguindo na luta
    Isso daqui não é Sandy e Júnior, pára playboy filho da puta

    Nossa miséria é o reflexo da quadrilha organizada
    Que deixa nosso país visto como uma piada
    A FAL utilizada para proteger patrimônio
    Na mão de uma criança é o brinquedinho do demônio

    Quem planta guerra e rega com sangue, sente na pele
    Crânio aberto e outro corpo na mesa do IML
    A vida é bela, quando se pode ver o sol
    Evite sofrimento e corpo decompondo no formol

    O muleque que pega no ferro achando que a vida do crime é lucro
    No futuro deixa a mãe chorando em cima do túmulo
    Infelizmente isso acontece
    Muito mano se quebra
    Cada rua uma história cada esquina uma regra

    Uma coisa que o menor não sabe é que o crime cobra caro
    Vacilou filhão, já era Não há tempo pra reparo
    A desgraça social de lá para cá se alastrou
    Mas, a voz do gueto ganhou força e a população acordou

    Dos becos e vielas, já escutamos o clamor
    De revoltas voltadas contra a metrópole do horror

    Composição: C Jay / Cíntia Savoli / Sabóia. Essa informação está errada? Nos avise.

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