395px

Graça

Circle Of Grief

Gnade

In Lumpen gekleidet, in seinen Mantel gerollt,
So schlief er in den Gassen, das Pech war ihm hold,
Vor etlichen Jahren, ein angesehener Mann,
Doch Krankheit und Tod ihm alles nahm.
Das Weib und die Kinder raffte es dahin,
Sein Hof war verschuldet, man enteignete ihn,
Vergehend vor Hunger, zum Krüppel gemacht,
So ward er gezwungen zu stehlen jede Nacht.

Sie hatte noch nicht viele Sommer gesehn,
Von kindlicher Reinheit, sie war so schön,
Aus einfachem Hause, ein Bauernkind,
An dem die Spuren der Liebe nicht vorbeigegangen sind.
Schon bald sah man an ihrem Gewand,
Dass unter ihrem Herz ein neues Leben entstand,
Für eine Nacht mit des Königs Sohn,
Der Kerker und der Tod, das war ihr Lohn.

Die letzten Stunden, die letzte Nacht,
Im Morgengrauen zum Dorfplatz gebracht,
Zur Fratze entstellt, des Henkers Gesicht,
Gnade gewährt man ihr nicht.
Ein Schaudern geht durch ihre Glieder,
Sie senkt den Blick zur Erde hernieder,
Man wird sie hängen, es gibt kein zurück,
Bald baumelt der leblose Körper am Strick,
Gnade gewährt man ihr nicht,
Gnade gewährt man ihr nicht!

Als Sohn eines Bauern kam ich auf die Welt,
Ich hatte keinen Besitz, ich hatte kein Geld.
Als junger Bursche zog ich durch das Land,
Zum Verhängnis wurde mir was ich dabei fand.
"Das ist die Liebe meines Lebens!" kam es mir in den Sinn
Und ohne zu denken gab ich mich den Gefühlen hin.
Es widersprach den guten Sitten und auch der Moral,
Ich aber hörte auf mein Herz, alles andre war egal.

Die letzten Stunden, die letzte Nacht,
Im Morgengrauen zum Dorfplatz gebracht,
Zur Fratze entstellt, des Henkers Gesicht,
Gnade gewährt man mir nicht.
Ein Schaudern geht durch meine Glieder,
Ich senke den Blick zur Erde hernieder,
Man wird mich hängen, es gibt kein zurück,
Bald baumelt mein lebloser Körper am Strick,
Gnade gewährt man mir nicht,
Gnade gewährt man mir nicht!

Doch eines Tages wird das Blatt sich wenden,
Denn irgendwann wird euer Leben enden.
Vor der Himmelspforte werdet ihr dann stehn
Und jämmerlich winselnd um Gnade flehn.
Hinab zum Fürsten der Dunkelheit werdet ihr verbannt,
Euer Körper geschunden, eure Haut verbrannt,
Ihr erleidet bis in alle Ewigkeit grausame Qualen,
So werdet ihr Menschen für alles bezahlen.

Die letzten Stunden, die letzte Nacht,
Im Morgengrauen zum Dorfplatz gebracht,
Zur Fratze entstellt, des Henkers Gesicht,
Gnade gewährt man euch nicht.
Ein Schaudern geht durch eure Glieder,
Ihr senkt den Blick zur Erde hernieder,
Man wird euch hängen, es gibt kein zurück,
Bald baumeln die leblosen Körper am Strick,
Gnade gewährt man euch nicht,
Gnade gewährt man euch nicht!

Graça

Vestido em trapos, enrolado em seu manto,
Assim ele dormia nas ruas, a sorte lhe era favorável,
Há alguns anos, um homem respeitado,
Mas a doença e a morte lhe tiraram tudo.
A mulher e as crianças foram levadas,
Sua propriedade estava endividada, o desapossaram,
Morrendo de fome, transformado em aleijado,
Assim foi forçado a roubar toda noite.

Ela ainda não tinha visto muitos verões,
De pureza infantil, ela era tão linda,
De uma casa simples, uma menina do campo,
Sobre a qual as marcas do amor não passaram.
Logo se via em suas roupas,
Que sob seu coração uma nova vida surgia,
Por uma noite com o filho do rei,
A prisão e a morte, esse foi seu preço.

As últimas horas, a última noite,
Ao amanhecer levada à praça da aldeia,
Desfigurada, o rosto do carrasco,
Graça não lhe é concedida.
Um arrepio percorre seus membros,
Ela baixa o olhar para o chão,
Vão a enforcá-la, não há como voltar,
Logo seu corpo sem vida balança na corda,
Graça não lhe é concedida,
Graça não lhe é concedida!

Como filho de um camponês, eu vim ao mundo,
Não tinha bens, não tinha dinheiro.
Quando jovem, viajei pelo país,
O que encontrei se tornou minha ruína.
"Esse é o amor da minha vida!" me veio à mente
E sem pensar, me entreguei aos sentimentos.
Contrariava os bons costumes e a moral,
Mas eu ouvi meu coração, o resto não importava.

As últimas horas, a última noite,
Ao amanhecer levada à praça da aldeia,
Desfigurada, o rosto do carrasco,
Graça não me é concedida.
Um arrepio percorre meus membros,
Eu baixo o olhar para o chão,
Vão me enforcar, não há como voltar,
Logo meu corpo sem vida balança na corda,
Graça não me é concedida,
Graça não me é concedida!

Mas um dia a maré vai mudar,
Pois algum dia a vida de vocês vai acabar.
Diante da porta do céu, vocês estarão então
E implorando por graça, vão gemer.
Descerão ao príncipe das trevas,
Seu corpo maltratado, sua pele queimada,
Vocês sofrerão eternamente torturas cruéis,
Assim vocês, humanos, pagarão por tudo.

As últimas horas, a última noite,
Ao amanhecer levada à praça da aldeia,
Desfigurada, o rosto do carrasco,
Graça não lhes é concedida.
Um arrepio percorre seus membros,
Vocês baixam o olhar para o chão,
Vão enforcá-los, não há como voltar,
Logo os corpos sem vida balançam na corda,
Graça não lhes é concedida,
Graça não lhes é concedida!

Composição: