Better Than I Used to Be

Superação diária e autocompaixão em “Better Than I Used to Be”

“Better Than I Used to Be”, da banda Citizen Soldier, aborda de forma direta a luta constante contra pensamentos autodepreciativos e a busca por progresso pessoal, mesmo que lento. A letra reconhece que as dificuldades permanecem presentes — “I've still got mountains to climb on my way out of bed” (Ainda tenho montanhas para escalar ao sair da cama) e “I've still got oceans to cross inside of my own head” (Ainda tenho oceanos para atravessar dentro da minha própria cabeça) —, mas valoriza cada pequena vitória, mostrando que avançar não exige perfeição, apenas movimento.

O vocalista Jake Segura, que também atua como terapeuta de traumas, usa sua experiência para retratar a realidade de quem enfrenta problemas de saúde mental, marcada por recaídas e superações. Trechos como “Used to sink with all the anchors of the problems I catastrophize” (Costumava afundar com todas as âncoras dos problemas que eu catastrofizava) e “Used to hide in the deep blue of deprecation I romanticized” (Costumava me esconder no azul profundo da autodepreciação que eu romantizava) ilustram o peso dos pensamentos negativos e a tendência de se apegar ao sofrimento. A música também critica o perfeccionismo — “growth is perfect's enemy” (crescimento é inimigo da perfeição) — e reforça que a cura não é garantida, mas o simples ato de tentar já é um avanço. Ao reconhecer os “demons that drag me down and want me dead” (demônios que me arrastam para baixo e querem minha morte) e ainda assim afirmar “I ain't stressed” (não estou estressado), a letra valida a experiência de quem convive com pensamentos autodestrutivos, mas encontra força em cada pequeno progresso. Assim, a música se torna um hino de aceitação e esperança para quem enfrenta batalhas internas.