Intro (Apologia Ao Crime?)

Eles querem acabar com o nosso rap
Pode tentar, mais consegui ... sei lá
A rapa é forte e ninguém enfraquece
O nocaute é certo contra quem vier discriminar

Oh, rap é meu vício
Eu sempre quero isso
Larga disso é difícil
Virou meu compromisso

Eu visto e me alisto nisso
Vivo e respiro disso
Persisto e não desisto disso
Eu sigo o meu instinto

Não vou dar ouvido
Pra esse produto de patifaria
Julgam meu clã, minha família
E esquecem da própria vida

Ces podem continuar
Tentando me atrapalhar
Mais com o rap correndo nas veias
Vai difícil me derrubar

Eu peço a Deus
Que afaste de mim esse povo
Quando ta perto é ovelha
Mais quando ta longe é lobo

E quando a rima sai rápida
O que permanece sempre na estática
São as ideia que nunca acaba
Foco, sem perder a prática

Flow de navalha
Que atua na mente da rapaziada
Sem deixar falha
Mó responsa nas palavras

Mais é claro que eu também
Quero cachê irmão
Mais sem vender minha ideologia
Só o que há no coração

Não finjo ser quem não sou
Só pra agradar mídia e vadia
Significa que minha lirica
Nunca será vendida

Sou a voz da periferia
Pois é la que tá minha família
Minha vida, vivida
Comunidade unida

Somos a resistência
Em forma de mc's
Que tão sempre na dispô
De lutar pelas coisas daqui

Matando uma pa leão por dia
Sem perder o foco
De ser reconhecido
Eu sei que posso

Pois minha lírica, é vista
Na pista, artística
Competitiva, cheia de crítica
Um ato terrorista?

Na preguiça, não pesquisam
Nem analisam, só criticam
Ficam só esperando
Que meus irmãos desistam

Que meus irmãos desistam
Mais é claro que não
O rap tá no coração