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Marisabel

Claudio Frollo

Marisabel

Por el modo tan raro de hablar
presentí la tragedia interior
y besando su nuca preciosa,
le dije: Celosa, ¿me guardas rencor?
Si motivan tu grave inquietud
mis sonetos y cantos a Esther,
en confianza te juro al oído,
Esther eres tú, mi Marisabel.

Serás siempre mi reina y señora,
no existen Amalia, Susana ni Esther.
Mis sonetos inspiras tú sola
con nombres distintos, mi Marisabel.

Se apartó los cabellos y vi
su carita nimbada de luz,
palpitante su seno de virgen,
me dijo llorosa: Mi vida eres tú.
Te idolatro y no quiero pensar
que otra inspire tus versos de amor.
Y atrayéndome, suave, hacia ella
sus labios de seda me ofreció.

Marisabel

Pelo jeito estranho de falar
percebi a tragédia interna
e beijando sua nuca preciosa,
disse a ela: Ciumenta, você guarda rancor?
Se meus sonetos e canções a Esther
têm te deixado tão inquieta,
em confiança te juro no ouvido,
Esther, é você, minha Marisabel.

Você sempre será minha rainha e senhora,
não existem Amália, Susana ou Esther.
Você sozinha inspira meus sonetos
com nomes diferentes, minha Marisabel.

Ela afastou os cabelos e eu vi
seu rostinho iluminado de luz,
pulsante seu seio de virgem,
me disse chorando: Minha vida é você.
Te idolatro e não quero pensar
que outra inspire seus versos de amor.
E me puxando, suave, para ela
seus lábios de seda me ofereceu.

Composição: Carlos Vicente Geroni Flores / Claudio Frollo