Da Zero E Dintorni

Do Zero e Seus Entornos

Da Zero E Dintorni

Você já sente, companheiraTi viene mai compagna
vontade de renascerla voglia di rinascere
num caminhão indosu un camioncino diretto
num trem expresso ou acelerado.treno espresso o accelerato.

Rumo ao seu destinoVerso la sua punta
ou para as Ilhas Eólias ou Lipario verso le Eolie o Lipari
com um sol cenograficamente perfeitocon un sole scenograficamente corretto
e também limpo.e anche pulito.

Deixando para trásLasciandoti alle spalle
o cheiro ácido dos diasl'odore acido dei giorni
em que você precisa filtrarin cui devi filtrare
o seu sentido como o cháil tuo senso come il té
e o peso das nuvense il carico gravoso delle nuvole
carregando fardos onde você esconde cansadain gobba a fardelli in cui nascondi con stanchezza
tu pai e teu filho,tuo padre e tuo figlio,
o amor que você não tem.l'amore che non hai.

Você já sente, você já sente...Ti viene mai, ti viene mai ...

Você já sente, companheiraTi viene mai compagna
vontade de renascerla voglia di rinascere
com uma perna sócon una gamba sola
quem sabe até, até sem cigarros,magari anche, anche senza sigarette,
mas também sem a pressa absurdama anche senza la fretta assurda
da nova metropolitanadella nuova metropolitana
e sem a necessidade de se sentir naufragare senza il bisogno di sentirti naufragare
em uma ilha distante.in un'isola lontana.

Toda vez queTutte le volte che
você se vê fazendo amorti guardi far l'amore
com um olho cheio de raivacon in un occhio la rabbia
e o outro com desejo e dor,e in quell'altro la voglia ed il dolore,
com aquele cachorro vira-latacon quel cane randagio
que eu bati esta manhã na rua,che ho bastonato stamattina sulla strada,
com aquele cachorro do seu maridocon quel cane randagio di tuo marito
que te pergunta como você está.che ti chiede come vai.

Você já sente, você já sente...Ti viene mai, ti viene mai...

Você já sente, companheiraTi viene mai compagna
vontade de voltarla voglia di tornare
para a estrada batidasulla strada battuta
pelos pedregulhos, pelos ventos,dai sassi, dai venti,
pelos cuspes do poder.dagli sputi del potere.
Aquela estrada que em sonho vocêQuella strada che in sogno avevi
achou que tinha vistocreduto di vedere
o que pelo menos tinha imaginado.o di avere almeno immaginato.

Aquela vez que você chegouQuella volta che sei arrivata
a portafin sulla porta
com seu cachecol vermelho na mãocon la tua sciarpa rossa in mano
e os bombons entre os dentes,e i cioccolatini tra i denti,
tão esfarelados que pareciam atétalmente sbriciolati da sembrare persino
transmigrantes felizes de ansiedades,trasmigratori contenti di ansie,
essas poçasquelle pozzanghere
sobre as quais você nunca consegue voar.su cui non riesci mai a volare.

Você já sente vontade de voltar.Ti viene mai la voglia di tornare.