395px

Você Já Viu Uma Cidade

Claudio Lolli

Hai Mai Visto Una Città

Hai, mai visto una città, dove i sogni rimbalzano sulle finestre ed i vetri riflettono vetri in estate e in inverno, e spalancano gli occhi a cortili quadrati e deserti.
Hai, mai visto una città, dove si nasce e si muore in un grande ospedale, grattacielo moderno struttura di tipo aziendale, dove la morte è un fatto statistico del tutto normale.
Hai, mai visto una città, che respinge i rifiuti della sua vita ricca, negli squallidi prati ai margini dell'abitato, dove di notte l'amore però non sa di peccato.
Hai, mai visto una città, con le tristi balere di periferia, dove tra una retata e l'altra della polizia, ubriachi e puttane ricercano una compagnia.
Se non conosci una città, puoi venire a casa mia, ti darò l'indirizzo di una certa Maria.
E sotto i suoi vestiti troverai lo spiacevole senso di assurdità, il freddo intenso la solitudine, di una città.

Hai, mai visto una città, la dove passa veloce la ferrovia, e i binari si intrecciano ad ogni cavalcavia, e trasportano treni sempre più pieni di gente.
Hai, mai visto una città, la dove passa veloce la tangenziale, e le luci arancioni danno al cielo un colore anormale, e le case allibiscono ad ogni passare di camion.
Hai, mai visto una città, con il freddo stampato in faccia alla gente, che cammina qua e là con le mani ficcate in tasca, e negli occhi l'attesa di un sole che porti la festa.
Hai, mai visto una città, dove tutte le strade vanno in collina, ma alla fine nessuna è una strada felice e sicura ed ognuno rimane da solo con la sua paura.
Se non conosci una città, puoi venire a casa mia, ti darò l'indirizzo di una certa Maria.
E sotto i suoi vestiti troverai lo spiacevole senso di assurdità, il freddo intenso la solitudine, di una città.

Você Já Viu Uma Cidade

Você, já viu uma cidade, onde os sonhos batem nas janelas e os vidros refletem vidros no verão e no inverno, e abrem os olhos para pátios quadrados e desertos.
Você, já viu uma cidade, onde se nasce e se morre em um grande hospital, arranha-céu moderno, estrutura de tipo empresarial, onde a morte é um fato estatístico totalmente normal.
Você, já viu uma cidade, que rejeita os resíduos da sua vida rica, nos campos imundos à margem da cidade, onde à noite o amor, no entanto, não sabe de pecado.
Você, já viu uma cidade, com as tristes baladas de periferia, onde entre uma batida e outra da polícia, bêbados e prostitutas buscam uma companhia.
Se você não conhece uma cidade, pode vir na minha casa, eu te dou o endereço de uma tal Maria.
E debaixo das roupas dela você encontrará a desagradável sensação de absurdidade, o frio intenso, a solidão, de uma cidade.

Você, já viu uma cidade, onde passa rápido a ferrovia, e os trilhos se entrelaçam a cada viaduto, e transportam trens cada vez mais cheios de gente.
Você, já viu uma cidade, onde passa rápido a marginal, e as luzes laranjas dão ao céu uma cor anormal, e as casas ficam pasmas a cada caminhão que passa.
Você, já viu uma cidade, com o frio estampado no rosto das pessoas, que andam pra lá e pra cá com as mãos enfiadas nos bolsos, e nos olhos a espera de um sol que traga a festa.
Você, já viu uma cidade, onde todas as ruas vão para a colina, mas no final nenhuma é uma rua feliz e segura e cada um fica sozinho com seu medo.
Se você não conhece uma cidade, pode vir na minha casa, eu te dou o endereço de uma tal Maria.
E debaixo das roupas dela você encontrará a desagradável sensação de absurdidade, o frio intenso, a solidão, de uma cidade.

Composição: