Túnel do Tempo
Clodo, Climério e Clésio
Nós, pedaços soltos pelo ar
Restos de cheiro, porções de lar
Sensações que a vida desmembrou
Sem destruir, sem separar
Longe é que a saudade vem mostrar
Os segredos que o tempo guardou
Entre a meninice e a mocidade
Quanta ilusão e quanta dor
De um sorriso franco, de um olhar
De um santuário, de um divã
De um cabaré, de um altar
Lenços de seda, lençóis de lã
Hoje o tempo ontem vai voltar
Pra nos dizer, pra nos falar
Que nosso amanhã também será
O mesmo tempo a caminhar
Cite uma cidade, algum lugar
Que sua meninice passeou
Quantos devaneios nessa idade
Cismaram luz, teceram cor
Entre o preto-e-branco do luar
E o colorido da manhã
Quantos arco-íris a criar
Lenços de seda, lençóis de lã
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