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Letra

    Mais uma vez de quebrada
    Muito bem acompanhado
    Desacreditando de nada
    Porque Deus tá do meu lado

    Não quero ser o monstrão
    Nem um louco matador
    Me mate essa ilusão
    Tem de existir um salvador

    Que pegue nosso rancor
    E transforme em carinho
    Que o prazer não seja o sabor
    Do sangue, a taça de vinho

    Que os espinhos dessa estrada
    Não me causem tanta dor
    Tanto quanto aquela safada
    Da solidão me causou

    No silêncio se apresentou
    Ela chegou, me seduziu
    Deu tapa na cara e mostrou
    Que nessa porra tô sozinho

    Os alucinógenos que instigam
    Já não me traz, mais a paz
    Os espirros vem com a fadiga
    Do nariz querendo mais

    Sei que minha bala não tem poder
    De contra com seu fuzil de assalto
    Mas vermes daqui vão correr
    Madame vai descer do salto

    As ruas não são de asfalto
    É barro pegando fogo
    No canteiro as bucha de mato
    Os boys não vem que, é perigoso

    No jogo de quem mais tem
    Não me encaixo no roteiro
    Faço o mal se for o bem
    Mas se quer paz, quero primeiro

    Como um gato seja ligeiro
    Porque aqui na selva urbana
    Não da frutos e o roteiro
    É escrito por classes tiranas

    Da fama, tiram proveito
    Dos meus de comunicação
    Destroem a ética, moral e respeito
    Facilitando a alienação

    Ração quer dar pro povo
    Mais um moleque com fome
    E com pouco arroz e ovo
    Vai crescer forte, no nome

    Virou homem na quebrada
    Se criou no movimento
    É gerente, passa nada
    Nem leve brisa do vento

    Atento louco, vai vendo
    Que a sena não é ficção
    O que a mídia tá vendendo
    É rede de comunicação

    Que inspira ação verbal
    Com muito ódio e violência
    E a grande massa intelectual
    Não passa de uma falsa aparência

    Onde a violência é estimulada
    Manipulando o cidadão
    Que engole de sapo a espadas
    Sobe e desce escadas pra votar na eleição

    Em mais um verme ladrão
    Tirano, safado e maldito
    A esperança foi dada à mão
    E na sequência deram tiros

    Gritos e choros e velas
    E a mãe quase enfartando
    O filho desceu a favela
    E subia a peto matando

    No rap sigo cantando
    Firme forte e com amor
    Enquanto tão afogando
    A esperança num mar de dor

    Composição: Sanno Rapinna. Essa informação está errada? Nos avise.

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