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Letra

    Colhendo fruto do medo, plantando receio, nego
    Vai vendo, limpando o sangue
    Escorrendo entre os dedo da mão
    Meu coração aperta toda mão que alguém puxa o cão
    Proteção ao anjo bom

    Campo de concentração tem bloqueio na entrada
    Intuição não falha vão subir pela escada
    Os cana mata, a coca mata, a puta arrasta, a mídia abraça
    Nós chora ouvindo os trauma enchendo os tambor de bala

    Mó cota, mó cara, o que tenho escrito em página
    Revelações frustradas em silêncio da madrugada
    Com os parças querendo hits, requinte cruel
    Para mim confuso observando flores mortas no jardim

    Já quis ouro que atrai, mas vi que Judas trai
    E de nós quantos que vai, sem vida não volta mais
    Os pais da minha idade privados da liberdade
    Não viram outra opção no olhar frio da humanidade

    Não é cotas em faculdade, nem copa em país falido
    É menos dedo no gatilho e mais livro educativo
    Criança levando tiro, mas isso não comoveu
    Vai sentir o gosto do fel quando o próximo for no teu

    E eu vou prosseguir na fé pro exemplo manter intacto
    Ciente em boa parte também desejo o fracasso
    Os laços que fiz em vida foi legítima defesa
    Do jeito de compensaram o que morreu com a tristeza

    Certeza que a vida cobra, no sorriso veneno de cobra
    Vejo serpentes camuflada no buquê de rosas
    O tempo é justo melhor prova concreta
    E tudo que não agrega igual poeira o vento leva
    Pra longe

    Vejo horizontes cinzento, distante
    Abatido sem motivo, nada vai ser como antes
    Que cortam os traçante nuvens carregadas que armazena
    Deixar a chuva lavar o sangue da ponto. 50

    Entenda!
    Mundo que vivo não é fantástico, encantado
    Tarado em busão lotado devia ser esquartejado
    Caralho, eu tenho ódio injetado e não era assim
    O que aconteceu comigo, eu só queria ser feliz

    Sentimento no papel escorrendo da ponta 'Bic
    Compondo versos triste que não se encontra em vitrine
    O filme daria vários só não mudaram o cenário
    Moleque sendo alvejado, estudante uniformizado

    Trágico, luto, bares lotados, internauta indignado
    Celular na mão todos são revolucionários
    Fácil por trás da tela ser combatente de guerra
    Escrevendo palavras bela quando não falta em panela
    Comida

    Sou homicida de festas decorativas
    Antipático sem 'Glitter nem brilho de 'Purpurina
    Doutrina sendo exercida sem fama em anonimato
    Escrevendo a dor no peito pra poder juntar os pedaços

    Tive abraços que senti na pele o frio do iceberg
    Era a vida me ensinando o que não mata, fortalece
    As teses em teoria periferia seria
    Refúgio para escravizados de lucro pra hierarquia

    Cê via, as bala, fita, os bicho, o mofo na telha
    Não via, convicção no olhar que havia tristeza, firmeza
    Nós tá no jogo, aposta é alta paga o dobro
    Pra recomeçar comigo no fundo dos calabouço

    São poucos, mas verdadeiros quando o assunto é financeiro
    Que até hoje não entenderam que a postura não tem preço
    Herdeiro dos pesadelo sob ataque de morteiro
    Na lista dos odiado lembrado tamo em primeiro
    Trágico

    Vivi com doze o que eles nem com trinta
    Cenário ainda grita sem chances de voltar atrás
    Com as mesmas fitas que ainda instiga os exemplos que nós tinha
    E morreu na falha de um plano aparentemente eficaz

    Virando as noites acordado
    Problemas pessoais ainda nos privam de sonhar
    Bem-vindo a geração que arrota revolução
    E troca a atenção dos filhos por celular

    Instinto de elogio, olhares julgam e dizem muito, enfim
    Se vendem letras trágicas se pá se inspiraram em mim
    Insulto foi mais próximo do afago debatendo
    Com a sutura por ser intimo dos rasgos sim

    Se pá o grito do pavor, ódio e desespero
    Onde triste é a vida e nós insiste em só chorar no enterro
    Aqui o tempo só me fez pior, confete não alimenta o ego
    Aplauso não livrou o meu do pó

    Intimo de luto e frustração vendo de baixo a perspectiva
    Não se enquadra só em arte
    Carrego como fardo versos tristes arranquei de mim
    O que vários do'cês se esforçam pra fazer parte

    Conheço a posição de quem apanha
    A vida compõe em cicatriz hereditário meu embate
    Não vim para ser exemplo dos teus filhos
    Então tampa o rosto deles que agora nossa vez é de quem bate

    Treinando o jab nas pontas de faca, sósia da dor
    Contraditório pregar paz e amor
    Vendo a nova geração romantizar suicídio, depressão
    E crescer dando murro em professor

    Nutrido de fé pra continuar vivo
    Lotado de pecado, o exemplo a não ser seguido
    Não pelo que escrevi ou versos que rimei
    Sim pelas fitas que vi e vivi, e por bem ainda omito

    Me odeie mais do que cê já me amou
    Tempo tem dessas fita venho de onde o choro não comove
    Vivendo pra ver Natal saciado
    Por brinquedo descartável das lojas de $1, 99

    No fim ainda me vejo nos esgoto turvo
    Reconheço a aparência no reflexo
    Bem mais que critica e elogio lágrimas não surte efeito
    E pobreza aqui não se resume só em verso

    Carrego eles como se fossem filhos
    Se pá em algum momento minimiza minhas frustação
    E a fuga por hoje, entender os motivos do abraço
    De quem amo vivo, nunca ter sido em vão
    Presente da vida

    Nunca teve a ver com ego refém de coitadismo algum
    Merecedor rotulado ao fracasso
    Porque te induziram a crer que tirar tua mãe da merda
    Se não for pelo modo que eles aceita tá errado

    Foda-se, com o tempo mudei minhas prioridades
    Soco é sincero, beijo remete trairagem
    Sozinho nos venenos há um tempo atrás
    Me fez apto a gritar o que cês acha tanto faz

    Fadado ao fracasso já me vale as letras
    Se o tiro no próprio pé cravasse algo na cabeça
    Quem precisava ouvir infelizmente não consome
    Enquanto a falsa intimidade deu a luz a muito homem

    Sei que o tempo me moldou pros inimigos
    E só, o fim da vida diz quem é amigo
    Eis que os vira-lata montou sua própria matilha
    E meu lado passional hoje só remete a família

    Sem rastro algum para poder ser cobrado
    Agradeço aos pais pelos conselhos, aprendi na sova
    Na podridão a vida me ensinou família única riqueza
    Que a gente trás do berço e leva pra cova

    Valores alterados, beijos não dados jamais
    Descredibilizam ou te faz contraditor
    A vida permitiu, reconhece os erros, tio
    E transforma em ídolos quem sempre te amou

    Coveiro dos próprios sonhos reconheço pelos traços
    Olhar perdido, aceitação em ser frustrado
    Com treze uma 22 na cinta, com short velho
    Sem elástico, amarrado com cadarço

    Anônimo pique alcoólatra que quer vencer o vício
    Com letras que parecem carta de suicídio
    De onde herdei o prejuízo na fé que invisto e vi
    Que boas ações dependiam se fossem vistos

    Cês vão me odiar mais um pouquinho
    Se a dependência for o motivo que cês quer: Tó!
    Não desmente uma vírgula que eu tenho escrito
    Abro mão do ego hoje por um abraço da minha vó

    A audiência que cês tanto se arreganha não me habita
    Vitória pra mim hoje é outras fita
    Cheguei por orgulho e suor
    Mesmo não sendo um dos melhor
    Longe de qualquer protagonismo, pique Vegeta

    Composição: Danilo Conecta Drama / Cria Da Quebra. Essa informação está errada? Nos avise.

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