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Letra

    Sou mais um Bamba Mc
    Caboclo Nagô
    Descendente de Tupi
    Na linha direta de Xangô, na linha direta de Xangô
    Descendente de Tupi
    Mais um Caboclo Nagô
    Bamba Mc / Filho de Zumbi.

    Sem desligar da matriz, busco diretriz
    Respeito ao passado que me aproxima da minha raiz,
    Descendente de escravo, que plantava café
    Tentaram derrubar, mas meu orgulho tá de pé.

    Resistente igual Mandela e sábio como Luther King
    Quilombo hoje é a rua e tem milhões igual à mim,
    De touca e camisa larga, crias filhos de Zumbi,
    Toaster Bamba Mc no espaço travando o contato,
    Procurando e eliminando, progredindo e exterminando,
    Igual bastardos e inglórios com os capitães do mato.

    Séculos de escravidão, dias de repressão,
    Chegado a hora da redenção, meu povo vai sorrir
    Menos navio e camburão, mais cultura e informação
    Não quero repatriação eu quero aqui a África aqui.

    Embaixo de uma só bandeira, chamados de Rude Boy,
    Onde as tribos Tupinambás carregam Garvey como herói
    Rasta, Hip Hop, um ideal, uma cultura,
    Abrindo a fechadura e colocando eles em choque.

    Iguais na diferença, mesma rua, mesma crença,
    Onde os Toaster’s estão de cap e os Mc’s são dreadlocks!

    Sou mais um Bamba Mc
    Caboclo Nagô
    Descendente de Tupi
    Na linha direta de Xangô, na linha direta de Xangô
    Descendente de Tupi
    Mais um Caboclo Nagô
    Bamba Mc / Filho de Zumbi.

    África! Afrodescendente que eu sou, por isso que eu sou feliz!
    Herdeiro do rap, do samba, do reggae, buscando na essência pra não perder minha raiz,
    Perto do alicerce e a força dos quilombos,
    Somos resistência, persistência, caio e levanto de todos os tombos.

    Carrego na artéria, hereditário orgulho da raça eu trago,
    esmago o ego de cegos que com comentários me desvalorizam porque eu dou uns tragos,
    Não me intimidam pois eu sei,
    Que a paz sempre estará com quem anda com o filho do rei!

    Energia me invade, me preparo pra mandar as respostas,
    Defender quem ergueu o Brasil e só levou chibatadas nas costas
    Cicatrizes e calos eu trago no suor do meu corre,
    Vou lutar pra voltar pra minha terra, pois a esperança é a última que morre.

    Ela ainda me espera cheia de cores, cheia de amores e flores,
    com a boca entoou louvores, atabaque, batuque, toque de tambores me livrai das dores!
    Meu pixain diz: sou original de fábrica,
    Negro tipo A, negro tipo África!


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