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Letra

    Sentado à beira do rancho
    Na hora do sol entrar
    O cantar dos passarinhos
    Me fez logo relembrar

    Da minha vida passada
    Eu vivia a carrear
    Aquele tempo saudoso
    Que nunca mais vai voltar
    E vejo meu velho carro
    Num recanto empoeirado
    Suas rodas apodrecendo
    E o eixo quase quebrado

    Meu velho carro de boi
    Que já foi admirado
    Hoje está na solidão
    Lá num canto abandonado
    Minha boiada carreira
    Na paiada remoendo
    Parece também que sente
    Do que eu vivo padecendo

    Faz muito tempo seu moço
    Quando a serra ia descendo
    Fazendo sulcos no chão
    Os cocão tristes gemendo
    Daquele tempo de outrora
    Só resta recordação
    Não se vê carro de boi
    Andando pelo estradão

    Nem o carreiro cantando
    Fumando seu cigarrão
    Pois os transportes de hoje
    São feitos de caminhão

    Tudo isso foi um sonho
    Que passou tão de repente
    Vejo o caminho estreitar
    E fechar na minha frente

    Junto à meu velho carro
    Dormirei tranquilamente
    O eterno sono da morte
    Que é o fim de toda gente

    Composição: Criolo / Letinho / Pedro Sabino Sobrinho. Essa informação está errada? Nos avise.

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