exibições de letras 51

Entre Quatro Velas e Um Caixão Lacrado

CTS Kamika-Z

Letra

    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Entre quatro velas e um caixão lacrado

    Amordaçado, amarrado, sem o dedo mindin
    O resgate não foi pago, e trágico foi o fim
    Decaptado, decepado, jogado no porta malas
    O defunto foi abandonado no rio de bosta, no meio da mata

    A lágrima cai do rosto, e a face é demoníaca
    A passiata fúnebre segue, veredas da covardia
    Não tem cálice, champangne, nem fogos de artifício
    É só corpos mutilados, humanos enterrados vivos

    Cabeças picotadas, pessoas sendo cremadas
    Corpos carbonizados, vidas soterradas
    Caminhão, ônibus, esmaga, cabeça de criancinhas
    Carreta bate de frente com a van, lá se foi um monte de vidas

    Difícil é reconhecer o cadáver no necrotério
    Deformado em decomposição, a solução é os objetos
    Miolos espalhados no asfalto, a multidão em suspense
    Os flashs vêm de todos os lados, e o rabecão é linha de frente

    No matagal, no canavial, esqueleto humano encontrado
    Só o teste de DNA pra desvendar quem é o finado
    Junta as peças do quebra-cabeça, suicídio na linha do trem
    Pega os testículos do defunto, anda que os cachorros lá em vem

    Corvos voam em ar livre por causa do odor
    O que pra eles é um banquete pra nós, é um horror
    A rota fuzila de 12 o pai de família, mataram o cara errado
    Deixando filhos e esposa entre quatro velas e um caixão lacrado

    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Corpos mutilados, humanos de captados
    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Cabeças decepadas, corpos carbonizados

    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Massa cefálica, aberta a bala, crânio rachado no machado
    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Faleceu, botou o macacão marrom e o terno preto abotoado

    Chassina, carnificina, crime doloso e bárbare
    Caixão lacrado, corpo deformado, ato de maldade
    Justiçeiros, policiais, degolam, estrangulam, exterminam
    Assassinos, maníacos, destruidores de família

    A vítima esperneia, agoniza, entre em múltiplas falências
    Picotado aos pedaços sem direito de sentença
    Crucificado que nem Judas fez, com Jesus Cristo
    Aqui essa saga ainda existe capitões do mato bem munidos

    Com arsenal de armas, veículos, coletes a prova de balas
    Tanques de guerra, caveirão, caçaniques e matracas
    Enterrado vivo, força na árvore, suicído, consciência de bobo
    Saltar de um prédio de 10 andares, bota álcool no corpo e mete fogo

    É incrível, assombroso mais é a pura realidade
    O que globo não mostra porque nos escondem a verdade
    Entre quatro velas e um caixão lacrado, corpos dilacerados
    Com a face deformada, cabeça cortada, braços arrancados

    Tipo tiradentes, aleijadinho e muitos outros
    Que hoje é visto como mito viraram lenda depois de morto
    Recrutas fuzilados em guerras, rivais, de terrorismo
    Atentados, homens bomba, humanos cremados vivos

    Cabeças rolam nos presidios, terremotos soterram mães e filhos
    Enxorrada, alagamento, destroem vários municípios
    Monstruosidade explicita, que eu não quero ser a vítima
    Entre quatro velas e um caixão lacrado são atos de masoquistas

    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Corpos mutilados, humanos de captados
    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Cabeças decepadas, corpos carbonizados

    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Massa cefálica, aberta a bala, crânio rachado no machado
    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Faleceu, botou o macacão marrom e o terno preto abotoado

    Cobiçou foi picotado, caguetou foi enforcado
    Desacatou foi triturado, deveu não pagou foi decepado
    Molestou dilacerado, bateu em mulher decapitado
    Senão pagou o resgate teve o corpo carbonizado

    Caixão lacrado, palito de madeira bem passado
    Botou o macacão marrom e o terno preto abotoado
    Navalha na garganta, sangue jorrando e o corpo agonizado
    Tiro de 12 no meio da cara separa o crânio do tronco

    Abate de vidas tem o nome de chacina dupla
    Pior foi a do carandiru, aquilo sim foi uma tortura
    Família em óbito vela o finado morto, atropelado
    A esposa vela o gambé que pela hilux foi arrastado

    Estuprado perde os testículos e o pinto na base do facão
    Capado que nem porco perde o pau e perde a mão
    Depois é picotado, jogado no vaso do boi do x
    Duck treze não tem vez, caixão lacrado será seu fim

    Rituais com vida humana, atrocidade
    Disputa por petróleo, causa mortandade
    Órgãos arrancados, inocentes sequestrados
    Hoje descobri que o homem não vale o que tá no seu prato

    Muitos morrem na castanha, outros com crânio rachado
    Já velei muitos amigos, já enterrei muitos chegados
    A mãe tá de luto pelo filho em óbito, mais um finado
    Na sala do barraco entre 4 velas e 1 caixão lacrado

    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Corpos mutilados, humanos de captados
    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Cabeças decepadas, corpos carbonizados

    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Massa cefálica, aberta a bala, crânio rachado no machado
    Entre quatro velas e um caixão lacrado
    Faleceu, botou o macacão marrom e o terno preto abotoado


    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de CTS Kamika-Z e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção