Freud

Preciso ver você de novo Num outro dia, noutra estação
Pra ver o que acontece Pode ser de dia ou de noite
No divã , no cinema, no cais
Mas tem que ser ontem pra ansiedade não crescer demais

Escuto sua voz de novo No satélite ou no celular Dizendo que tá louca pra me amar
Pode ser na rua, pode ser na minha
Nessa noite mesmo sem luar
Só que tem que ser agora porque eu não vou agüentar

Nem Freud explicará
O que acontece quando você não está
Tento me concentrar Que ela apareça na minha frente, de repente, vindo de algum lugar

Eu sonho obssessivamente
Com o gosto diferente que ficou na boca
Depois daquele beijo ardente
Não me lembro bem como Não me lembro o porquê Só me lembro que não posso jamais esquecer Aquele gosto muito diferente

Espero ouvir sua voz de novo
Chamando pelo celular Dizendo que me espera ansiosamente pra me analisar
Pode ser lá em casa, pode ser na sua
Qualquer noite com ou sem luar
Só tem que ser depressa porque eu não vou agüentar

Minha cabeça tá ficando louca
Eu arranco sua roupa não provoca não
Olha você tá brincando Não se brinca com um maluco nessa condição