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Material Vivo

Dani de Azevedo

Letra

    As folhas das paredes
    Já não choram mais
    Denúncias da minha sorte
    De cidadã capaz
    Pronúncias da minha morte
    E de quem jamais parou
    Acordes dissonantes
    Acorda que o mundo não parou

    Espelhos fabricados não refletem mais
    Agonia dos imunes, atrocidades mentais
    Bebida gaseificada sofre metonímia mortal
    Material vivo agora pensa desigual

    Eu sou apenas o ser mortal
    Poderia cantar uma canção igual
    Meu coração tem uma nação
    Uma utopia sem noção
    Orações trocadas
    Ideias contrárias
    Eu denuncio o pavio
    A intolerância
    A ganância
    A procedência
    Nacional
    Da negligência
    Total


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