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Criloura

Daniel Ansor

Letra

    Desde muito pequenina,
    Sentia um aperto no peito,
    Pois não me sentia à vontade
    Diante de qualquer preconceito.
    Ninguém conseguia entender,
    Sendo eu uma branca azeda,
    Porque só me identificava com o

    Gingado da dança negra.
    O batuque de terreiro,
    Atiçando minhas entranhas,
    Mexia o meu corpo inteiro,
    Não me sentia estranha.

    Meu coração era um surdo,
    Meu sangue pulsava maneiro.
    O samba eu dizia no pé,
    Com as mãos eu tocava pandeiro.

    Criloura, criloura
    No meu desenvolvimento,
    Fui entendendo a questão,
    No samba não havia tormento,
    Abria o meu coração.

    Diziam que eu era louca,
    Que vivia em fantasia,
    Uma loura mesclada de negra,
    Precisava de terapia.

    Quem tem Chico,Caetano e Djavan,
    Precisa de Freud, Jung ou Lacan?
    Assumi minha identidade,
    Sem muita psicologia,
    Apresento-me como criloura (minha),
    Minha maior alegria! Criloura,criloura...


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