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Faeneiros

Daniel Torres

Letra

    N'algum ermo guarany
    Por alcunha, faeneiros
    Desjarreteavam turunas
    Que não haviam sinuelos

    A bota garrão de potro
    Estribos de picaria
    Velha herança castelhana
    Fina prata que luzia

    Nas pupilas duas lanças
    No braço, um jarreteador
    Boleadeiras retovadas
    Batendo no tirador

    Reinavam nas vacarias
    Na preia de graxa e couro
    Deitando em veias pampeanas
    Sangue de luso e de mouro

    Pelegos quase não tinham
    Montavam mantas charruas
    Quando rareavam esporas
    Pelos pés, haviam puas

    Teciam ponchos, as bugras
    Pra faina dos faeneiros
    Abrigos no frio do inverno
    Escudos nos entreveiros

    Naquele andar jarreteando
    O cavalo era sagrado
    Até o sal pra picanha
    Que o suor era salgado

    Andavam domando ventos
    Sem pátria, sem generais
    Laço, lança, boleadeiras
    Monarcas sobre os baguais

    Composição: Heleno Cardeal / Alessandro Ferreira. Essa informação está errada? Nos avise.

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