Desde Dentro (part. Soge y Beret)
Y, otra vez Beret
Con Soge y Dante
Amando el equilibrio me gustaba temblar
Cuando andaba por la cuerda de mi soga
Quizá es que cada paso era ilusión para poderme salvar
Y, ahora, me di cuenta que solo me ahoga
¿Dónde llego tarde?, en mi ciencia no existen horas
Vivo por instantes, todo lo demás decora
¿Crees que no me jode no ser como soy, a solas?
¿Crees que quiero ser humano si ni soy persona?
Y claro que no puedo verme cuando era tan ciego
Porque ahora veo suficiente como pa' echarlo de menos
Con pies en la tierra, dudo soñar con el cielo
Si ni sé qué debo, ¿cómo voy a decir te quiero? Y yo
Puedo romperme por la mitad
Que con el vacío que tengo te diría que sigo entero
Mi felicidad, solo un contrato de casi poder tenerla
Y la letra pequeña un pero
Ya entiendo lo que era la infinitud
Ya que no valíamos nada y solo se unían nuestros ceros
Puede que no articule palabra cuando falten sustantivos
Para nombrarte de nuevo
Perderlo todo, por si luego no me encuentro
Saco lo de dentro, pero luego no lo siento
Noches largas, días efímeros
Miro en mi pecho, ahí dentro hay un desierto
Ya ni la puerta quiere abrirme
Ando desnudo sobre lágrimas de ángeles
Gritando libertad, versos de autómata
Soñando el ciclo, escapando de tus cárceles
La llovizna cayendo al suelo frío
Anduve por tu pasillo pa' desahuciar mi nombre
Rotos los peldaños para no alcanzar la cumbre
Tirar lo tuyo y recoger lo mío
No entra la luz, abre la cortina
Y yo pensando en la morfina
Pasé por tus jardines para recoger mis rosas
Solo quería devolverte las espinas
Vuelvo a casa y mierda, son tiempos difíciles
Callarme y sanarme los síndromes
Por si acaso, tres ojos como un cíclope
Curando hoy lo que sucedió ayer
Tirando mis penas a la nada
Sentado, veo cómo se desvanecen
Mírame cuando menos lo merezca
Para que mi alma se crezca
Ya pasé por mis penurias y me comí mil desplantes
Ya miré al miedo de frente y me llevó a mí por delante
Hace tiempo que aprendí un consejo que debo enseñarte
Sé paciente, sé constante, corriendo no llegas antes
No me enseñaron la forma de levantarme
Me enseñaron que vendrían más que intentarían tirarme
Y eso hicieron, me dañaron, me mintieron despreciándome
Dijeron que era un cero y que nadie querría escucharme
Y aquí estoy casi diez años más tarde
Luchando a diario por lo que me hace ser grande
Más acompañado que nunca antes en mi vida
Y con más ganas de comerme el mundo y adentrarme
En el corazón de todas esas personas
Y encontrar aquel rincón sin rencor donde se perdonan
Todos los errores cometidos en pasados
Que han quedado destrozados y que ya no nos traicionan
Y ahora estoy comprobando por mí mismo
Que supe ser fuerte y pude salir de ese abismo
Que con una mano cuento a los que quiero en todo
Y que con la otra puedo escalar y escapar yo solo
Nadie me dice qué debo de hacer ni qué debo decir ni qué debo pensar
Nadie comprende las cosas que siento cuando un tema nuevo me vuelvo a sacar
No es para ver que tengo nivel, ni para mostrar que soy el más fuerte
Es para ver que sigo de frente y que, para siempre, me pienso quedar
De Dentro (parte. Soge e Boina)
E, novamente Beret
Com Soge e Dante
Equilíbrio amoroso que eu gostava de tremer
Quando eu andei pela corda da minha corda
Talvez seja que cada passo fosse uma ilusão para poder me salvar
E agora percebi que isso só me afoga
Onde estou atrasado?, Na minha ciência não há horas
Eu vivo por momentos, tudo o resto decora
Você acha que não me ferrou não ser como eu sou, sozinha?
Você acha que eu quero ser humano se não for uma pessoa?
E é claro que não consigo me ver quando estava tão cego
Porque agora eu vejo o suficiente para sentir falta dele
À terra, duvido sonhando com o céu
Se eu nem sei o que devo, como posso dizer que te amo? E eu
Posso me quebrar ao meio
Que com o vazio que eu tenho, eu diria que ainda estou inteiro
Minha felicidade, apenas um contrato de quase conseguir
E as letras miúdas um mas
Eu já entendo o que era o infinito
Como não valiam nada e apenas nossos zeros se juntaram
Não pode articular palavras quando faltam substantivos
Para nomear você novamente
Perder tudo, apenas no caso de eu não conseguir me encontrar
Tiro o interior, mas não sinto
Noites longas, dias efêmeros
Eu olho no meu peito, há um deserto dentro
Nem a porta quer me abrir
Eu ando nu nas lágrimas dos anjos
Gritando liberdade, versos de autômatos
Sonhando o ciclo, escapando de suas prisões
Chuviscos caindo no chão frio
Eu andei pelo seu corredor para despejar meu nome
Etapas quebradas para evitar chegar ao cume
Jogue fora o seu e colete o meu
A luz não entra, abra a cortina
E eu pensando em morfina
Eu passei por seus jardins para recolher minhas rosas
Eu só queria te devolver os espinhos
Estou voltando para casa e merda, estes são tempos difíceis
Cale a boca e cure minhas síndromes
Apenas no caso, três olhos como um ciclope
Curando hoje o que aconteceu ontem
Jogando minhas tristezas no nada
Sentado, eu os vejo desaparecer
Olhe para mim quando eu menos o mereço
Para minha alma crescer
Eu já passei por minhas dificuldades e comi mil rumores
Eu já olhei para o medo de frente e me levou à frente
Há muito tempo eu aprendi uma dica que eu deveria te ensinar
Seja paciente, seja constante, correndo, você não chega antes
Eles não me ensinaram como me levantar
Eles me ensinaram que mais viria do que tentariam me jogar
E foi isso que eles fizeram, me machucaram, mentiram para mim me desprezando
Eles disseram que era um zero e que ninguém iria querer me ouvir
E aqui estou quase dez anos depois
Lutando diariamente pelo que me faz ótimo
Mais acompanhado do que nunca na minha vida
E com mais desejo de comer o mundo e entrar
No coração de todas essas pessoas
E encontre aquele canto sem rancor, onde eles perdoam
Todos os erros cometidos no passado
Que eles foram destruídos e que não nos traem mais
E agora estou verificando por mim mesmo
Que eu sabia ser forte e poderia sair daquele abismo
Que com uma mão conto aqueles que amo em tudo
E que com o outro eu posso escalar e escapar sozinho
Ninguém me diz o que fazer ou o que dizer ou o que pensar
Ninguém entende as coisas que sinto quando trago um novo tópico
Não é para ver que eu tenho um nível, nem para mostrar que eu sou o mais forte
É para ver que eu continuo em frente e que, para sempre, pretendo ficar