Sangre y Café (part. Nelo Pabón)

Rompamos estereotipos mientras bailamos el tango
Ácido y amargo, dulce como el mango
Flaco porque ya no como cuento de esos magos
Tengo trucos en la manga, por eso no me arremango

Como Alejandro Magno caminando por la playa
Ciudad simbólica, rodeado de murallas
Estrellas varias, estrellados y estrellatos
Hace tanto que no canto pero el tacto no me falla

Te canto serenatas, boleritos y rapeos
A ti que vas divagando entre emoción y sentimientos
Pensamientos te recito pa’que olvides la tragedia
La dueña nos deja, no volverá con otra media

Que nos lluevan penas, aquí escampan los bizarros
Somos víctimas del mundo esculpidos por el barro
Tengo ramos de canciones espinosas en mis manos
Tengo flores, tengo versos tengo cantos

Tengo tanto que contarte pero sabes que yo no hablo
Tengo dudas, tengo luchas, llamo a Dios y viene el diablo
Mi prefacio manifiesta lo poco que yo he ganado
Esta carta ratifica mi legado

Lo que ha costado ser lo que ahora veo
Lo que se ha borrado y aún así creer en lo que creo
Ser el malo, ser el bueno, ser el lindo, ser el feo
Ser lo que ahora soy por las patadas del recreo

Amor etéreo, te espero dentro de mis luces
No las uses, no las busques, no las prendas que se funden
Estas prendas lucen con el alma que te llora
Una historia, un personaje, una ofrenda y una gloria

Una carta que te cuenta todo lo que yo te extraño
Tengo tanto que contarte pero sabes que yo no hablo

Búscame
Cuando sientas lo que siento
Búscame
Cuando veas lo que veo
Búscame
Cuando creas lo que creo
Cuando pienses lo que pienso
Cuando mueras como muero

Sangue e Café (parte. Nelo Pabón)

Vamos quebrar estereótipos enquanto dançamos o tango
Ácido e amargo, doce como manga
Magro porque não como mais histórias desses magos
Eu tenho truques na manga, é por isso que não arregaço as mangas

Como Alexandre, o Grande, andando na praia
Cidade simbólica, cercada por muros
Várias estrelas, estrelado e estrelato
Faz tanto tempo que eu cantei, mas o toque não me falha

Te canto serenatas, boleritos e rap
Para você que está vagando entre emoção e sentimentos
Pensamentos que recito para você esquecer a tragédia
A dona nos deixa, ela não volta com outra meia

Deixe que as tristezas chovam sobre nós, aqui as bizarras são claras
Somos vítimas do mundo esculpido pela lama
Eu tenho buquês de canções espinhosas em minhas mãos
Tenho flores, tenho versos, tenho canções

Eu tenho tanto para te dizer, mas você sabe que eu não falo
Tenho dúvidas, tenho lutas, chamo Deus e vem o diabo
Meu prefácio mostra o quão pouco eu ganhei
Esta carta ratifica meu legado

O que custou ser o que agora vejo
O que foi apagado e ainda acredito no que acredito
Seja o mau, seja o bom, seja o bonito, seja o feio
Sendo o que sou agora por causa dos chutes no recreio

Amor etéreo, eu espero por você dentro das minhas luzes
Não os use, não os procure, não as roupas que derretem
Essas vestes brilham com a alma que chora por você
Uma história, um personagem, uma oferenda e uma glória

Uma carta que te diz tudo que sinto sua falta
Eu tenho tanto para te dizer, mas você sabe que eu não falo

me encontre
Quando você sente o que eu sinto
me encontre
Quando você vê o que eu vejo
me encontre
Quando você acredita no que eu acredito
Quando você pensa o que eu penso
Quando você morre como eu morro

Composição: Nicolás de Arco