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O Poema do Haxixe

David dos Anjos Maratt

Letra

    O homem ilhado sozinho e vazio contempla o irmão que morreu
    O ódio tingindo de sangue latino as barras da sai de Deus
    Homens taciturnos sem objetivo nos tons pasteis da manha
    Dormiu na palestina um cego anarquista que foi separado da irmã
    Policia, ladrão e suicida todos querendo atenção
    Eu vejo um judeu um ateu e um nazista discutindo religião
    Surgiu nos anais dos jornais populistas um novo ato de contravenção
    Correndo nu na avenida paulista adolescente com a bíblia na mão

    No meio da selva de cara pintada um índio vende pau Brasil
    No alto do morro de cara amarrado desfila ostentando um fuzil
    É capa de revista é primeira pagina é manchete de jornal
    Sociedade elege a favela como morada do mal
    Seu ponto de vista pequeno burguês grita basta na televisão
    E acha que o exercito, por sua vez, talvez fosse a solução
    Mas a violência é só o sintoma a doença e a exploração
    Que faz ser privilégio o mais simples anseio o desejo de prover seu pão

    O homem ilhado sozinho e vazio contempla o irmão que morreu
    O ódio tingindo de sangue latino as barras da saia de Deus
    Jesus no outdoor num sorriso largo me vende creme dental
    A vida é um deserto a noite um mistério e todo o resto é banal
    A mídia segregada e elitista presta um desfavor ao Brasil
    Em troca de conforto e um pouco de privilégio você se vendeu e nem viu
    Hoje se diz um moderado e acumulou capital
    E chama o marxismo de utopia e Lênin de radical


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