Rodina

Pátria

Rodina

Deus, quantos anos eu ando, mas não dei um passo.Bozhe, skol'ko let ya idu, no ne sdelal i shag.
Deus, quantos dias eu procuro o que é eterno comigo,Bozhe, skol'ko dnej ya ischu to, chto vechno so mnoj,
Quantos anos eu mastigo em vez de pão, amor amargo,Skol'ko let ya zhuyu vmesto hleba syruyu lyubov',
Quantas vidas no alto me sopramSkol'ko zhizni v visok mne plyuet
Com o tronco de corvo tão esperado, ah!Voronenym stvolom dolgozhdannaya da-a-al' !

Faróis negros nos portões vizinhos,Chernye fary u sosednih vorot,
Bocas, algemas, boca rasgada.Lyuki, naruchniki, porvannyj rot.
Quantas vezes, me atirando, minha cabeçaSkol'ko raz, pokativshis', moya golova
Voou da carroça cheia pra cá, ondeS perepolnennoj plahi letela syuda, gde

Pátria.Rodina.
Eu vou pra pátria,Edu ya na rodinu,
Deixa gritarem -- feia,Pust' krichat -- urodina,
Mas a gente gosta dela,A ona nam nravitsya,
Mesmo não sendo bonita,Hot' i ne krasavitsa,
Confiável até a medula,K svolochi doverchiva,
E pra nós -- tra-la-la-la...Nu, a k nam -- tra-lya-lya -lya...

Deus,Bozhe,
quanta verdade nos olhos dos cães do estado!skol'ko pravdy v glazah gosudarstvennyh shlyuh !
Deus,Bozhe,
quanta fé nas mãos dos capangas aposentados!skol'ko very v rukah otstavnyh palachej !
Não deixe eles arregaçarem as mangas de novo,Ty ne daj im opyat' zakatat' rukava,
Não deixe eles arregaçarem as mangas de novoTy ne daj im opyat' zakatat' rukava
Nas noites agitadas.Suetlivyh nochej.

Faróis negros nos portões vizinhos,Chernye fary u sosednih vorot,
Bocas, algemas, boca rasgada.Lyuki, naruchniki, porvannyj rot.
Quantas vezes, me atirando, minha cabeçaSkol'ko raz, pokativshis', moya golova
Voou da carroça cheia pra cá, ondeS perepolnennoj plahi letela syuda, gde

Pátria. Eu vou pra pátria,Rodina. Edu ya na rodinu,
Deixa gritarem -- feia,Pust' krichat -- urodina,
Mas a gente gosta dela,A ona nam nravitsya,
Bela adormecida,Spyaschaya krasavitsa,
Confiável até a medula,K svolochi doverchiva,
E pra nós -- ...Nu, a k nam -- ...

De baixo das capas negras, um galo vermelho se solta,Iz-pod chernyh rubah rvetsya krasnyj petuh,
Debaixo de bons reis, a marmelada escorre pela boca.Iz-pod dobryh tsarej l'etsya v rty marmelad.
Nunca esse mundo se misturou em dois --Nikogda etot mir ne vmeschal v sebe dvuh --
Foi-nos Deus, pai, e o diabo --Byl nam bogom otets, nu a chertom --

Pátria. Eu vou pra pátria,Rodina. Edu ya na rodinu,
Deixa gritarem -- feia,Pust' krichat -- urodina,
Mas a gente gosta dela,A ona nam nravitsya,
Bela adormecida,Spyaschaya krasavitsa,
Confiável até a medula,K svolochi doverchiva,
E pra nós -- ...Nu, a k nam -- ...