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Blues

DDT

Bliuz

Byla subbota, lil dozhdik prolivnoj.
Nad gorodom navisli tuchi.
A ia lezhal, pliuia na potolok,
Rabota ehta shla blagopoluchno.

A na stene portrety kinozvezd
Viseli, kak ikony nado mnoj.
I ot dozhdia ikh kinozvezdnye glaza
Pokrylis' seroj, seroj pelenoj.

Ia snova grezil, i moj staren'kij divan
Podnial na vstrechu vetram parusa.
I zaskol'zil po prizrachnym moriam.
Opiat' so mnoj tvorilis' chudesa.

I so steny ozhivshaia zvezda
Soshla ko mne, prizyvno ulybaias'.
Krichu - "liubliu!", a kinozvezdnye glaza
V otvet mne soblaznitel'no smeialis'.

- Zhizn' khorosha, - sheptala mne zvezda
S oblozhki raznotsvetnogo zhurnala.
- Liubi menia, chego tebe eshche?
Chto khochesh' ty, ved' ehtogo nemalo!

Blues

A chuva fina caía, um chuvisco sem fim.
Nuvens pesadas pairavam sobre a cidade.
E eu deitado, olhando pro teto,
O trabalho seguia tranquilo.

Na parede, retratos de estrelas de cinema
Estavam pendurados, como ícones sobre mim.
E da chuva, os olhos dessas estrelas de cinema
Se cobriram com um véu cinza, cinza.

Eu sonhava de novo, e meu velho sofá
Levantou as velas ao encontro dos ventos.
E deslizei por mares etéreos.
Novamente, maravilhas se formavam comigo.

E da parede, uma estrela que ganhou vida
Desceu até mim, sorrindo de forma sedutora.
Grito - "eu te amo!", e os olhos de estrela de cinema
Sorriram de volta pra mim, de forma tentadora.

- A vida é boa, - sussurrou a estrela
Com a capa de uma revista colorida.
- Me ame, o que mais você quer?
O que você deseja, já não é pouco!

Composição: