Paskha
Dumali, chto vse, no tol'ko nachalos'
Stali my dozhdem
S bol'iu i toskoj v mire prizhilas'
Vse tvoe o Nem
Bilas' za liubov' rvanaia vesna
Shel dorogoj v khram
Na stole tsvety, na dushe vojna
Razbirat'sia nam
Dumal pochinit' - otrubil s plecha
Prodolzhali plyt'
Dumal ne uspet', ozhila svecha
Nakazala byt'
Vse, chto bylo mnoj, ehto tozhe On
Svarennyj dobrom
Paskha nachalas', kolokol'nyj zvon
Dyshit mednym rtom
Otpustil grekhi veter, da unes
Otvorilas' dver'
Vse, chto bylo mnoj - v zapakhe berez
Ver'
Polozhila v sad, v pole unesla
Stali my lunoj
Vse, chto bylo mnoj, na kraiu sela
Zamelo stenoj
Vecher
Raspisalsia na rassvete
To, chto mnoj kogda-to bylo
Pozheltelo i uplylo
V nebesakh dymit kadilo
Ia za vse davno v otvete
Tol'ko chistyj prianyj veter
Akh, dusha moia...
Poveli pod bely ruki
Da na krest, na liuty muki
Dolgo muchili, pytali
A potom na smert' poslali
Bosikom poshiol po snegu
A nad nim gluboko nebo
Na grudi odna rubakha
Za spinoj shiroko pole
Okrovavlennaia plakha
Krasivej, chem smert' na vole
Netu, drug moj, rassudi
On na svet perekrestilsia
Ele slyshno pomolilsia
Poprosil u vsekh proshchen'ia
Blagodaril za ugoshchen'e
Akh, dusha moia...
Páscoa
Dumali, que tudo começou
Ficamos na chuva
Com dor e saudade, no mundo nos encontramos
Tudo seu sobre Ele
Era por amor que a primavera se despedaçou
Caminhei para o templo
Na mesa flores, na alma guerra
Precisamos entender
Pensei em consertar - cortei com o ombro
Continuamos a tocar
Pensei que não ia dar tempo, a vela reacendeu
Mandou eu ficar
Tudo que foi meu, isso também é Ele
Cozinhado com bondade
A Páscoa começou, o sino tocou
Respira com boca de bronze
Perdoou os pecados o vento, e levou
A porta se abriu
Tudo que foi meu - no perfume do bétula
Acredite
Coloquei no jardim, levei para o campo
Ficamos como a lua
Tudo que foi meu, na beira da aldeia
Foi coberto pela parede
Noite
Se desenhou ao amanhecer
O que um dia foi meu
Amarelou e se foi
Nos céus fumaça de incenso
Eu já respondi por tudo
Só um vento puro e doce
Ah, minha alma...
Mandaram para as mãos brancas
E na cruz, para as duras torturas
Sofreram muito, torturaram
E depois mandaram para a morte
Descalço fui pela neve
E acima de mim um céu profundo
No peito só uma camisa
Atrás de mim um campo amplo
Com a mancha de sangue
Mais bonito que a morte à vontade
Não há, meu amigo, como decidir
Ele se cruzou para o mundo
Mal se ouviu, orou
Pediu perdão a todos
Agradeceu pela hospitalidade
Ah, minha alma...