V restorane
S dushoj Dostoevskogo, s kompleksami Bloka
Ia v restorane sidel, menia toshnilo ot soka
Sud'bu raz'el, kak bronkhit, sindrom L'va Tolstogo
Neprotivlenie - sleva, sprava - gruboe slovo
Gospod' sorval golos, ego malo kto slyshit
No zhizn' i tak khorosha i poehtomu dyshit
Moia liubov' k miru sleva, tam gde pyshnaia Klava
Gde est iabloki Eva, a nado mnoj moia slava
Bozhe, kak khorosho, kak legki ehti dveri
Ia v nikh spokojno voshel, na bliudakh ptitsy i zveri
Ia nemnogo grustil, kak mogila Shagala
Sprosili - kto vinovat? Otvetil - vypili malo
No tut ty poiavilas' i ehtot bred vspykhnul khramom
Ia, kak staryj Dionis, stal mifologicheskim sramom
Kak na nevol'nich'ikh rynkakh - stoiala Rodina goloj
Na zadvorkakh Evropy, s krylami do pola
Ia zabyl, kem ia stal, ia proklial iskusstvo
Ponial ia, chto davno boialsia ehtogo chuvstva
Ia s toskoj Mandel'shtama upal na koleni
Prosti menia, ia liubliu tvoi ovaly i teni
I vdrug chto-to sletelo v ehtu shchel' mezhdu nami
Chto-to sverknulo i tolpy radostnoj pyli
Po prospektu poplyli, nesia v rukakh znamia
Ty uznala menia i my sekundu liubili
No Restaurante
Na sombra de Dostoiévski, com os complexos de Blok
Eu estava no restaurante, enjoado do suco
Desdobrando o destino, como bronquite, síndrome de Tolstói
A resistência - à esquerda, à direita - uma palavra dura
O Senhor rasgou a voz, poucos a escutam
Mas a vida é tão boa e por isso respira
Meu amor pelo mundo à esquerda, onde está a Klava exuberante
Onde tem maçãs da Eva, e a minha fama está sobre mim
Deus, como é bom, como essas portas são leves
Entrei nelas tranquilamente, em pratos de aves e feras
Fiquei um pouco triste, como a sepultura de Chagall
Perguntaram - quem é o culpado? Respondi - bebemos pouco
Mas então você apareceu e essa loucura explodiu como um templo
Eu, como um velho Dionísio, me tornei uma vergonha mitológica
Como nos mercados de escravos - a Mãe Pátria estava nua
Nos confins da Europa, com asas até a cintura
Eu esqueci quem me tornei, eu amaldiçoei a arte
Percebi que há muito temia esse sentimento
Eu, com a saudade de Mandelstam, caí de joelhos
Perdoa-me, eu amo suas curvas e sombras
E de repente algo caiu nesse espaço entre nós
Algo brilhou e a poeira da alegria se espalhou
Pelo calçadão flutuamos, levando a bandeira nas mãos
Você me reconheceu e por um segundo nos amamos