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Andorinha

Deau

Letra

    Foi de modo inocente que nos conhecemos andorinha
    Toda a gente falava-te e eu mal te conhecia
    Nunca te procurei mas conseguiste dar comigo
    Eu precisava de companhia, tu precisavas de abrigo
    Mostraste-me a primavera, há muito tempo que já não a via
    Fizeste-me ver um lado que nem sequer sabia que eu tinha
    Vivia a fase mais cinzenta quando nos cruzamos
    A tua chegada anunciou o verde dos meus campos
    Andorinha

    Abre as asas e voa comigo,sabes
    Tenho impressão que há quem
    Não goste de me ver contigo, fazes
    Ideia de como me sinto a voar nesta alturas?
    Cada vez que caio parece que és só tu que me seguras
    Eu sei, és frágil e voar assim é um grande risco
    Mas cheira-me que se correu
    Consigo viajar para outro sítio

    Por isso não presto atenção
    Ao que os outros me dizem
    A nossa relação é incompreendida nem todos a atingem!
    (Eles) estranham a tua presença fora da época
    Mas adoro a inconsciência
    De não sentir os pés na terra

    Quem me ama desespera,quando saímos juntos
    Mas está tudo sob controlo
    Preocupem-se com outros assuntos
    Adoro que me percebas deixas-me
    Usar-te quando queira
    Ultimamente só não entendo porque
    É que sem querer te uso à mesma
    Parece que se passa algo, não me dizes qual é o problema?
    Desde que a nossa relação aqueceu tornaste-te ciumenta!

    Andorinha,porque é que viras ave de rapina?
    Quando vês que a primavera acaba
    Começas a fazer a tua cisma
    Dei-te casa, dei-te abrigo
    O que é que te falta andorinha?
    Não percebo o porquê dessa ira
    As vezes até penso que é mentira
    Quando ameaças a tua partida
    Andorinha

    Iniciei no verão,mas este parece estar a dar as últimas
    E a esta altura tu já devias estar nas alturas
    O nosso amor está mais forte que nunca
    Sempre que "transamos" parece a nossa noite de núpcias
    Amas-me como eu te amo?
    Nossa paixão é foda!
    Não sei porquê, mas é só ciúme à nossa volta
    O que eles dizem não importa
    O outono começou a bater à porta

    E em minha casa já toda a gente nota que tu não foste embora
    Obrigam-me a deixar-te partir mas isso é pedir muito
    Detesto esta mania que eles têm de dramatizar tudo
    Dizem que és demasiado selvagem para que eu te prenda
    Aos poucos eu procuro gente que nos compreenda
    Já sabia que não era o único a voar desta forma
    Senão não tinha a percepção de quanta gente se transforma
    No ir de uma andorinha libertina,dócil e traquina
    Que vira ave de rapina quando o clima esfria

    Andorinha, quando viras ave de rapina
    Há sombras de abutres na minha praça
    Sinto que o inverno se aproxima
    Briol da noite fria
    Quero voltar a minha casa
    Mas a tua asa não me larga
    Prende-me e não me deixa ir embora
    Diz-me que a primavera não tarda
    A brilhar cá fora

    Andorinha
    Tu diz-me, tu diz-me
    Que a primavera não tarda a brilhar cá fora
    Andorinha
    Tu diz-me, tu diz-me
    Que a primavera não tarda a brilhar cá fora
    Andorinha
    Tu diz-me, tu diz-me
    Que a primavera não tarda a brilhar cá fora
    Andorinha
    Tu diz-me, tu diz-me

    Tinhas razão andorinha
    Mais frio é o inverno mas a primavera é linda
    A luz é tão forte, dilata a íris contrai-se a pupila
    Nosso amor é cego,eu fecho os olhos só para ver a vida
    Ouço-te cantar, o líquido do meu tímpano
    Parece um diluvio
    Perco o equilíbrio no meio disto tudo

    Deixo-me cair atraído pelas cores desse buraco negro
    Onde nos perdemos de amores indo os dois atrás do mesmo
    Consumimo-nos um ao outro, pelo máximo tempo
    A eternidade da primavera dura cada vez menos
    Explica-me andorinha, o porquê desta sensação
    O frio mais frio de inverno, o calor mais quente de verão
    Tudo na mesma estação,tudo ao mesmo tempo
    Sinto que não é amor o nosso sentimento
    É hábito, é vício, doença, prisão
    Mais trágico foi nunca ter prestado atenção

    Andorinha, afinal és ave de rapina
    E eu sou a presa da tua garra
    Abutres rodeiam a minha carcaça
    Andorinha
    Assassina, o teu ar de graça é uma desgraça
    Deixa-me ficar aqui na praça
    A ser exemplo da tua chacina
    Andorinha


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