395px

De Caçada

Def con Dos

De Caceria

Ketchup de color de sangre
Carne picada devorada por el hambre
Rodajas de pepino, aros de cebolla
Carne de cañón que mastican las señoras
Los viejos, los niños, los mozos y las novias
Muy entretenidos moviendo el bigote
Comiendo hamburguesas y helados de colores
Hablan, mascan, se lanzan perdigones
Y rascan el cartón para ver si ha habido suerte
Y sale la cara del payaso sonriente
Y toca menú con batido de regalo
Gorra de visera con su nombre bordado
Ronald aplaude, también los camareros
Todo es estupendo hasta que yo llego
Porque hoy su destino tiene otro color
El negro del acero de mi kalashnikov

Ak-47: Odio y venganza de excombatiente
Un arma en cada mano, granadas en el pecho
Y en la cara pintados los colores del infierno
No puedo ver a charlie pero sé que me vigila
Y también sé que esta gente es la culpable de mi ruina
Con 30 balas por cargador hoy no seré yo el perdedor

Y ya estoy de nuevo en el campo de batalla
Pero aquí es mucho mejor, porque nadie me dispara
Apunto al montón, aprieto el gatillo
Y escucho ráfagas mezcladas con gritos
Lamentos, lloros, alaridos
Veo en el aire la estela del casquillo
Los chorros de sangre, los cráneos abiertos
Y las listas de precios salpicadas por sesos
Unos se esconden, otros se escapan
Y al final se resignan menos uno que me ataca
Duran muy poco los héroes caseros
¡Cuanto más se resisten más me divierto!
Mañana habrá luto en la oficina de correos
Visto y no visto: Cargadores vacíos
Y cartas de póker para los caídos

Resuenan sirenas en el fondo de la calle
Y me acerco a una ventana pisando cadáveres
Un megáfono me dice que me rinda
Tendré que empezar a matar policías
Y más munición, encenderme otro puro
Y buscar un rehén que me sirva de escudo
Ha habido suerte, debajo de esa mesa
Hay una embarazada haciéndose la sueca
Y con ella delante nadie me dispara
Así que soy yo quien empieza a dispararles
Caen fiambres sobre el asfalto
Así ganan medallas los funcionarios

¡Alto! Que sin querer
He estrangulado a mi única rehén
¡Maldición! ¡Menudo fallo!
Que ahora vienen a por mí los que visten como rambo
Un arma encasquillada y en la otra ni una bala
Y gas lacrimógeno que cae por la ventana
Les lanzo hamburguesas y pepinillos
Y me arrastro a la barra sorteando los tiros
Pero se acabó, ha cambiado mi suerte
Descubro un rayo láser posado en mi frente
Apuro en el habano una última calada
Y un viet-cong me dice: Sayonara
Se acabó la caceria

De Caçada

Ketchup vermelho como sangue
Carne moída devorada pela fome
Fatias de pepino, anéis de cebola
Carne de canhão que as mulheres mastigam
Os velhos, as crianças, os rapazes e as noivas
Muito entretidos mexendo o bigode
Comendo hambúrgueres e sorvetes coloridos
Falam, mastigam, atiram pedrinhas
E arranham o papelão pra ver se teve sorte
E sai a cara do palhaço sorridente
E toca o menu com milkshake de brinde
Boné com a aba e seu nome bordado
Ronald aplaude, os garçons também
Tudo é maravilhoso até eu chegar
Porque hoje o destino deles tem outra cor
O preto do aço da minha kalashnikov

Ak-47: Ódio e vingança de ex-combatente
Uma arma em cada mão, granadas no peito
E na cara pintados os cores do inferno
Não consigo ver o charlie, mas sei que ele me vigia
E também sei que essa gente é a culpada da minha ruína
Com 30 balas por carregador, hoje não serei eu o perdedor

E já estou de volta ao campo de batalha
Mas aqui é muito melhor, porque ninguém atira em mim
Aponto pro monte, aperto o gatilho
E ouço rajadas misturadas com gritos
Lamentos, choros, alaridos
Vejo no ar a trilha da cápsula
Os jatos de sangue, os crânios abertos
E as listas de preços salpicadas de miolos
Uns se escondem, outros fogem
E no final se resignam, menos um que me ataca
Os heróis caseiros duram muito pouco
Quanto mais resistem, mais me divirto!
Amanhã haverá luto no correio
Visto e não visto: Carregadores vazios
E cartas de pôquer para os caídos

Soam sirenes no fundo da rua
E me aproximo de uma janela pisando cadáveres
Um megafone me diz pra me render
Vou ter que começar a matar policiais
E mais munição, acender outro charuto
E procurar um refém que me sirva de escudo
Tive sorte, debaixo daquela mesa
Tem uma grávida fazendo de conta que não é com ela
E com ela na frente, ninguém atira em mim
Então sou eu quem começa a atirar neles
Caem corpos sobre o asfalto
Assim ganham medalhas os funcionários

Parei! Que sem querer
Estrangulei meu único refém
Droga! Que falha!
Agora vêm atrás de mim os que se vestem como Rambo
Uma arma travada e na outra nem uma bala
E gás lacrimogêneo caindo pela janela
Lançando hambúrgueres e picles
E me arrasto até o bar desviando dos tiros
Mas acabou, minha sorte mudou
Descubro um raio laser posado na minha testa
Dou uma última tragada no charuto
E um viet-cong me diz: Sayonara
Acabou a caçada.

Composição: