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Letra

    De dentro do boteco vem o som da maquininha
    Sentado no caixote, esperando uma quentinha
    Um de cadeira de roda, outro de muleta
    Sentado no alambrado ou encostado na mureta
    Mosquito no nariz derramado de plantão
    Tem quem passe a vida toda procurando algo no chão
    Mal tempo, clima tenso, rotina, levanta a blusa!
    Tem velho, tem menina, porque todo mundo usa!
    Ficha na maquininha, pilha no radinho
    Faz fila, abre a visão, não atrapalha o caminho
    Vagando ou andando sob o efeito zumbi
    Deita-se não descansa quando cai é pra dormir
    Sente o aroma da de galo vem guiado pelo cheiro
    Mete a boca no gargalo desce o ralo do banheiro

    Correndo e se debatendo com um tica nervoso
    Tremendo se mordendo tipo um cão raivoso
    Onde se vê mendigo ou cachorro faminto
    Não há dama de honra cavalheiro distinto
    O quê você vê na tevê ou então na internet
    É o quê ali se vê e nunca se esquece
    Faz rolo barganha, ganha qualquer dinheiro
    Na barraquinha tem bala, copinho d'água e isqueiro
    Na rua da vala, da linha ou do valão
    Na rua do campinho, da escadinha, ou do lixão
    Alguns são mortos e outros vivem encarcerados
    Existem os que desistem e os que vivem mutilados
    Seus complexos, neuroses, suas depressões
    Sujeito a divagações que apavoram os corações
    Esperando o fim da guerra, dentro do mundo moderno
    Nesse cantinho da terra, Rio de Janeiro, um inferno!
    Naquela rua têm uns tipo psicótico
    Naquela rua tem uns tipo neurótico (paranoico)
    Naquela rua tem uns tipo eufórico
    É lógico! É lógico!
    De onde você é? Quem é você? Onde você mora?
    O quê faz aqui? Passeando a essa hora?
    Não vem mandado, ninguém passa batido
    Pra chegar ao farmacêutico tem que ter olho clínico
    De dia o tempo fecha a noite brilha feito sol
    Medida de segurança, por favor, pisca o farol
    Onde não tem ong, nem igreja, nem estado
    Onde a vala é negra e os impostos são cobrados
    Onde não tem padre, pai de santo, ou pastor
    Ansiolítico vicia na neblina do vapor
    O círculo vicioso se ainda está vivo
    Se dirige a farmácia toma um antidepressivo
    Tem tido ansiedade sudorese uma dose
    Joga na celulose não morrer de overdose
    Na hora do recreio no intervalo da escola
    Em busca de uma dola dentro daquela sacola
    Na hora do almoço com uniforme do trabalho
    Maltrapilho, esmolando, parecendo um espantalho
    Na rua do sofrimento, ou na rua da amargura
    Dá soco, leva chute, toma tiro, leva dura
    Referendo, votação, maioridade penal
    Injeção letal, para a pena capital
    Sem a instituição da reabilitação
    Masmorra, calabouço, cadeia ou prisão
    O quê não há em casa procura em outro lugar
    Um beco sem saída para se chamar de lar
    Cuide de você mesmo, não conte com o governo
    Se for bala perdida vai ter flor no teu enterro
    A previsão é de mal tempo e de muito sofrimento
    A esperança floresce, mas carece de exemplo
    Naquela rua têm uns tipo psicótico
    Naquela rua tem uns tipo neurótico (paranoico)
    Naquela rua tem uns tipo eufórico
    É lógico! É lógico!


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