395px

A Palavra

Fernando Delgadillo

La Palabra

Miré por costumbre,
lo que me rodeaba.
Corrí a la mañana,
frente a la ventana.
Me enfrente a lo mismo,
con la misma irrealidad.
Tome la mañana,
como un sol sin más.

Me asomé a la tarde,
y la miré pasando.
Jugó en la ventana,
y visitó mi cuarto.
Las motas de polvo,
flotaban contra el cristal,
su alumbrada y dulce lluvia residual.

Me llamó la noche,
con su cúpula estrellada.
Brillaba un cuarto menguante,
donde no ha sumado nada.
Me mira desde su brillo,
yo la miro de mi cama,
me contempla y le contemplo,
radiante, limpia y callada,
no me pide recordarte a ti,
ya no haces falta.
Mira no soy la canción de amor,
cuando más soy la palabra.

A Palavra

Olhei por costume,
para o que me cercava.
Corri pela manhã,
na frente da janela.
Enfrentei o mesmo,
com a mesma irrealidade.
Peguei a manhã,
como um sol qualquer.

Me aproximei da tarde,
e a vi passando.
Brincou na janela,
e visitou meu quarto.
As partículas de poeira,
flutuavam contra o vidro,
sua iluminada e doce chuva residual.

A noite me chamou,
com sua cúpula estrelada.
Brilhava um quarto minguante,
donde nada se somou.
Ela me observa do seu brilho,
eu a olho da minha cama,
me contempla e eu a contemplo,
radiante, limpa e silenciosa,
não me pede pra lembrar de você,
já não faz falta.
Olha, não sou a canção de amor,
quando muito, sou a palavra.

Composição: