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Canção ao Lado

Deolinda

Letra

    Desculpem, doutos homens, estetas,
    Espíritos poetas, almas delicadas,
    A falsidade do meu gênio e das minhas palavras.

    Que é a erudição que eu canto,
    Que é da vida, o espanto, que é do belo, a graça,
    Mas eu só ambiciono a arte de plantar batatas.

    -desculpem lá qualquer coisinha
    Mas não está cá quem canta o fado.
    Se era p'ra ouvir a Deolinda,
    Entraram no sítio errado.
    Nós estamos numa casa ali ao lado.
    Andamos todos uma casa ao nosso lado.

    Bem sei que há trolhas escritores,
    Letrados estucadores e serventes poetas;
    E poetas que são verdadeiros pedreiros das letras.
    E canta em arte genuína, o pescador humilde,
    A varina modesta;
    E tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.

    [refrão]

    Por não fazer o que mais gosto
    Eu canto com desgosto, o facto de aqui estar;
    E algures sei que alguém mal disposto
    Ocupa o meu lugar.

    Ninguém está bem com o que tem...
    E há sempre um que vem e que nos vai valer;
    Porém quase sempre esse alguém não é quem deve ser.

    [refrão]

    E é a mudar que vos proponho!
    Não é um passo medonho em negras utopias;
    É tão simples como mudar de posto na telefonia.
    Proponho que troquem convosco e acertem com a vida!


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