
Andejo
Desidério Souza
Não sei se é vicio ou costume, sábado encilhar o pingo
E ficar até domingo n’algum, bochincho povoeiro
Dar lucro pra bolicheiro, pelas cancha de carreira
E espichar a botoneira bem no jeitão missioneiro
Passo a semana na estancia, cumprindo oficio de peão
Sábado o meu coração me manda campear cambixo
Levo a adaga por capricho na cabeça do lombilho
E até mesmo o meu rosilho sabe o rumo do bolicho
Em canchas de jogo de osso, aonde corre o dinheiro
Me paro passarinheiro como andejo de outra plaga
Se acaso o ambiente estraga e tinir aço com aço
Enrolo o pala no braço e me atiro pra trás da adaga
Não que eu seja bochincheiro, porém não nasci de susto
Mas, também não acho justo, brinquedo deselegante
E nem um tipo arrogante querer de mim fazer graça
Por que um xiru da minha raça ninguém vai tocar por diante
É nesse estilo no más, que eu faço as minha gauderiada
Pingo bueno e daga afiada, sempre em minha companhia
Mas se acaso der narquia, por bailanta ou jogatina
Corto cerca e robo China, depois me mando a lá cria



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