Não É Só Chorar

Responsabilidade e ação social em “Não É Só Chorar”

Em “Não É Só Chorar”, Dillaz faz um apelo direto para que as pessoas deixem de lado a passividade diante das dificuldades sociais, especialmente nas periferias. O artista transforma a crítica social em um chamado à responsabilidade individual e coletiva, deixando claro que apenas lamentar ou culpar outros não é suficiente para promover mudanças reais. Ao dizer “Não é só chorar, não é criticar, não é regatar as culpas em ninguém”, Dillaz enfatiza que a transformação exige atitudes concretas, não só indignação ou discurso.

A letra também destaca a preocupação com o impacto das escolhas dos adultos sobre as gerações mais jovens. Quando Dillaz afirma “E quase à dois anos que sabe o que é um gatilho / Ainda vais a tempo de ensinar-lhe o que é o dia-a-dia”, ele alerta para o risco de crianças se envolverem cedo com a violência, mas aponta que ainda é possível mudar esse destino por meio do exemplo, do ensino e do cuidado. O artista reforça a importância da união e da cooperação comunitária, como em “Eu só queria que a minha zona se juntasse e não se matasse”, mostrando que superar desafios depende do esforço coletivo para valorizar talentos, trocar armas por conhecimento e desfazer estigmas. O refrão, ao repetir a ideia de uma guerra que nunca acaba, reforça a urgência de romper ciclos de conflito e buscar soluções práticas, em vez de esperar por mudanças externas.