Beyond The Horizon

Ruptura cósmica e ocultismo em “Beyond The Horizon”

“Beyond The Horizon”, do Dissection, explora temas de destruição cósmica e transcendência, usando imagens intensas para expressar uma busca por liberdade absoluta através do caos. Um ponto central, mas nem sempre evidente, é a referência à entidade “Azerate” e ao conceito “Anti-Cosmic”, ambos ligados a correntes ocultistas que defendem a ruptura com a ordem universal e a rejeição das leis naturais. O refrão repetitivo “Vedar-Gal Tiekals Somdus Azerate!” funciona como um mantra, invocando essa força destrutiva que, segundo a letra, representa a extinção do sol e o fim da ordem cósmica. Isso se conecta diretamente a trechos como “imploding eternal darkness” (colapsando a escuridão eterna) e “extinguishing the stars” (extinguindo as estrelas), reforçando a ideia de aniquilação total do cosmos.

A música utiliza termos como “event horizon” (horizonte de eventos) e “vortex” (vórtice), criando uma analogia entre fenômenos extremos do universo, como buracos negros, e o desejo de ultrapassar os limites da realidade. O verso “This is the realm of Azerate, eleven as one / Destroyer of cosmic order, extinguisher of the sun” (Este é o reino de Azerate, onze como um só / Destruidor da ordem cósmica, extintor do sol) destaca que a transcendência só é possível ao abraçar o caos absoluto, simbolizado pelo número onze, em oposição ao dez, que representa a ordem. A expressão “Eleven to Kill the Ten” (Onze para destruir o Dez) aprofunda esse simbolismo, mostrando a destruição da estrutura tradicional pelo elemento caótico, um conceito recorrente no anti-cosmicismo. No final, a música sugere que além do “event horizon” existe um “void where all illusions die” (vazio onde todas as ilusões morrem), indicando que a verdadeira liberdade só é alcançada ao romper com todas as ilusões e estruturas.