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Coexistência

Distúrbio Verbal

Letra

    - Incubado na demência percorro
    - Falo antes que morro
    - Minha mente agora grita por socorro
    Ouço ao fundo um sussurro arrastado:
    - Cuidado! Teu templo hoje é mal frequentado
    A cabeça embolorada é um vetor
    Que estimula parasitas internos corroerem teu eu

    - Emitiram em mim, pensamentos fraudados
    Pra eu pensar que era eu, que pensei tudo aquilo
    - Não alimente os intrusos, amigo, eles são famintos
    Portanto os torne extintos, contidos e corroídos
    - Por dentro estou enferrujado no átrio do abstrato
    Perdido vejo o retrato de quando eu era sensato
    - Não olhe pense, desvende, foque, se organize

    Depois de tudo pronto, por favor, se enraíze
    Não prossiga correndo de si, ferindo a tua vida
    Com a teimosia, quando os internos davam trabalho
    Os antigos acalmavam eles com a lobotomia
    - Eu sei, mas hoje não existe isso
    - O manejo mudou. Mas vivemos em genocídio
    - O ciclo depressivo está mais amplo
    Eu num horário terrestre, lendo minha bula sendo acuado neste antro

    - Eles interagem mesmo, mano, são o engano
    E teus problemas em ser humano não resolvem quando vira o ano.
    Plano de dano, é nós no globo sofrendo
    É nós no corpo vivendo, e eu aqui só intercedendo
    - Quem é você, hein?! Eu preciso saber
    - Eu sou a alquimia que vive alarmando o que é certo dentro de você
    Pensando por ti, vivendo por ti, só saio quando
    "Cê'' sair, e dessa maneira eu atuo aqui
    Desde quando você começou a existir

    - A mente é densa e frequenta minha existência
    A todo momento me foco no tempo tentando
    Buscar sintonia com minha frequência
    - 'Tô' sem paciência, é a tri dimensão holográfica
    Você deve ter uma tática, a vida aqui não é estática
    É democrática! E lunática! De extrema mutabilidade
    - Interagimos e coexistimos nessa carcaça buscando alguma verdade

    - Eles tem soberba na boca
    - Por isso eu só me despeço
    - Não gosto de sair lá fora
    - Eles cercam, me olham, e eu detesto
    - A atmosfera aqui é pesada e cinza
    As nuvens choram quando os homens
    Caem sem ter noção do que fizeram
    - E eu entendo isso, vivendo em você
    Veja que quem busca a paz são os que internamente imperam
    - Eu não consigo te avaliar, patologias velhas
    Agem hoje herdando corpos desde sempre
    Se transportam nos internos, exterminam gerações
    - Envolvido nas mentiras contadas por charlatões

    - Vestiram outra roupa na eugenia
    Irrefutável é tua moral quando apoiada em maioria
    - Fui isolado de mim, quem sou eu pra ter razão?
    Se existo sem vida... Sua personificação
    - Mil elementos, constituem teu ser
    Dissolvendo em tua linha do tempo um pedaço de voz
    Sermão dessa neura que dita o que deve fazer
    Como deve ser. Rebele-se agora para não virar
    Um refém de si mesmo morando em teu corpo sabendo que não está só

    - Se tu fala: A cabeça da nó. Se eu penso: Sinto até dó.
    Um interno correto no mundo que vai desmanchar e voltar para o pó
    Se não embriago no que é santo me contamino
    No escuro quando me pego sendo vigiado
    Aborto o mal na fuga do impuro
    - Eu não me aventuro, sim, fui incluso e sobrevivo em teu abrigo.
    E no teu umbigo morreremos pois ele é nosso jazigo
    Invisto e digo é simultâneo a coexistência então pensemos:
    Pondero a certeza que ninguém de nós
    No plano matéria sobreviveremos


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