Real Life

Vida Real

Essa é pra minha galera na rua e seis pés, bebê...
se cuida, moleque, a polícia tá por aí e na espreita agora...
qual é a boa, essa é pros meus manos que tão na cadeia...
continuem representando Queens com mira a laser...

[Verso 1]
Eu só ando com a família
planejando com os caras que armam as canhões
rolo com os manos que tão na prisão, de pé na cela
8 caras prontos pra entrar na van
armam as glocks e dominam o bloco apostando
transformando em grana, aterrissando
tiros fazem eles se espalharem
deixando 4 policiais pra investigar
as ruas tão frias, então eu falo com clareza
durma, ame e viva isso
se você quer uma dessas balas, eu vou te dar
te estourar até você cair líquido
seus dias estão contados e eu tô soltando os números
corpos vão pro desmanche como se fossem civics
tudo por aparecer nos blocos errados pra visitar
lugar errado pra arriscar
nada além de buracos vazios nas bolachas
te levam de helicóptero longe dos seus problemas
mantenha longe das paradas de criança
.40 cal. dispara
correndo com as gangues selvagens
te matam e vencem o julgamento de homicídio
carros com 12 válvulas
as ruas tão pegando fogo
inundadas com a lei de combate às drogas
despojando sua fortuna
as garotas são como a estátua da liberdade, sempre levantando a tocha
órfãos que frequentemente soltam a quinta
muitas garotas fazem aborto
as fracas ficam duras em um caixão
investigações federais, lugares são invadidos
tiros são trocados
entram e trancam tudo que é relacionado a drogas
mantendo as celas superlotadas
caras de rosto marcado intoxicados
corpos são operados
alguns são desmembrados e desaparecem
deixando-os sangrando, precisando de ajuda médica
por grana, o metal é levantado
quando a situação esquenta, é difícil apagar o fogo
o gueto que nós louvamos.

Refrão -
A vida que você leva
é como os dados que você rola
se cuida, moleque, essas ruas são geladas
os vermes famintos trabalhando na patrulha noturna
pelo preço do ouro
enquanto a história da nossa vida é contada.

[Verso 2]
Quantos conseguem sair, é um em um milhão
com medo de morrer porque um dos seus filhos
pode ser o próximo a ser esticado na frente do prédio
pirando, puxando armas, correndo com vilões
vivendo na dor, moleque em uma gangue de rua
preso nesses blocos onde o calor queima
onde os caras buscam suas armas
falando gíria, cortando seu rosto até a carne pendurar
disparando suas armas, jogando seus jogos profundos
fique esperto com as garotas baratas que te armam
te convidam pra casa pra te molhar
levantam seu colar
rápidas pra te roubar e te bagunçar
te dando um susto
nunca arrisque sua sorte
esteja preparado pra atirar
quantos você se atreve a confiar?
mantenha seus amigos por perto e os inimigos mais perto ainda
eu sirvo doses duplas de Remi pra brindar seu fantasma amigável até que eles me mandem
me manda uns caras pra fritar você
se não puderem se aproximar, me manda os semi-automáticos
dá a dose Kennedy e manda três na sua pedra
a vida é sobre dobrar esses safados
muitos Bentleys e Rovers
mulheres semi-nuas pra motoristas de limusine
casa com sofás Fendi
Costa Nostra negra
crack Jehovas empilhando como Sosa
ternos sob medida com mocassins Gucci
MAC Tens em coldres pra ratos e abutres
tendo pacotes de DT e nos orientando
essas rimas são vulgares
explodindo as costas das cobras
rolando com os explosivos, atiradores
a esquinas e favelas
os que trazem toneladas de tijolos
mantenha uma na câmara.