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Verso Livre Nº 1 (Giramundo)

Don L

LetraSignificado

    Por mais inevitável que pareça a cruz
    Se livre disso descarreguei o peso no blues
    E num é comigo
    Eu marcho na estrada corrompida
    Pra terra prometida
    Onde as guerras são antigas canções, lições de vida

    E eu saí de casa com 16, ganhei meu diploma na rua
    Na área mais densa que Deus fez, ou que Deus deixou ser
    Eu cerquei meu terreno na duna, onde não deveria crescer uma
    Favela e diziam que já tinha dono
    Choveu viatura com bomba de gás
    Mas num teve jeito, era gente demais
    E se o preço do sangue nos jornais
    Supera o preço e o despejo
    Não tem lucro, só o desprezo valeu o preço
    E eu andei, nego

    Em marcha, marcha pra terra prometida
    Se a estrada não valer a viagem
    Guerra foi minha vida
    E a gira, gira, gira, gira
    Gira, gira mundo
    Gira, gira, gira, gira
    Gira, gira mundo

    Uns ano depois, mais ou menos 2 mil e seis, vendendo minha mixtape
    A todo vapor, e o barulho que eu fiz fez vários cara tremer
    Eu notei que era minha vez, mesmo sem espelho
    Ter que fazer o que ninguém fez e ser o primeiro
    Ma o bagui é mais denso que isso, capital do homicídio
    A selva de pedra e eu num tô falando de concreto, outro tipo de brita
    Cê levanta alicerce pra 6 casa com 3 quilo, esse tipo de brita
    Sempre armado com 3 chapa, esse tipo de vida
    É o que movimentava na área a grana, esse tipo de fita
    E o se lixo que toca na rádio é o que vira, eu num sou um artista
    Eu e Gallo na quadra do morro pensando mil fita
    Se pa até meter uma bilheteria de um desses artista
    Pense na fita

    E gira, gira, gira, gira, gira
    Gira mundo
    Bandida vida
    O que eu posso fazer pra ser seu vagabundo preferido
    Andei em êxodo por tanto lugar
    Cruzei uns beco e uns moleque bom de luta
    Provei o amor sem medo de amar
    Num barraco de pau
    Num motel classe A
    Numa praia sem mar, ow
    Coqueteis classe ah, foi mais
    Estradas de piçarra
    Cê num sabe das ladeira que eu subi pra chegar
    Ainda insiste em julgar
    Ah, cala a boca e sente o peso
    Quando eu pego o mic
    Num treto com MCs, eu desafio os deuses

    Mãe perdoa eu não ter medo do meu erro
    Se o meu erro é não ter medo
    E querer tudo do meu êxito
    O meu êxodo é pra
    Terra prometida por mim memo em meu
    Espírito e por que não Com meu bolso cheio das verde
    Em meu epílogo de vida
    Se a guerra me for eterna
    Que minhas cinzas envenenem os covardes em volta dela
    Os medíocres em volta dela
    Facistas e seus hipócritas
    E eu volto toda vez que recitem minhas rimas póstumas


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