Groupies (part. Teto e Matuê)

Fama e relações ambíguas em “Groupies (part. Teto e Matuê)”

Em “Groupies (part. Teto e Matuê)”, Doode, Teto e Matuê exploram o impacto da fama e das relações superficiais que ela atrai. A repetição do termo “groupies” destaca a presença constante de fãs obcecadas, sugerindo uma relação ambígua de admiração e exploração. O videoclipe reforça essa ideia ao mostrar os rappers sendo "sugados" por vampiras em um hotel misterioso, simbolizando como as groupies querem absorver a energia, o sucesso e até a "alma" dos artistas, como no verso “Tão querendo sugar minha alma / Provar um pouco da minha água”. Essa conexão entre letra e imagem mostra que a fama pode ser sedutora, mas também perigosa e desgastante.

A ostentação aparece como símbolo de conquista, com menções a relógios de luxo (“Rollie, Rollie, Rollie”, “Horas no Patek”), diamantes e carros importados, marcando o status dos artistas. Versos como “Sofrimento, ele não me fez refém” e “Empresário extraordinário, chique e elegante” revelam orgulho e autoconfiança, mostrando que o sucesso veio após dificuldades. No entanto, a letra também expõe o lado negativo desse estilo de vida, com relações superficiais e interesseiras, como em “Ela quer pau a todo instante / Só porque eu ando sobre as jantes” e “Infelizmente, essas groupies me seguem”, expressando cansaço e desconfiança diante da atenção recebida.

Assim, a música constrói uma narrativa de ascensão e ostentação, mas sem ignorar o lado sombrio da fama. O desejo de reconhecimento se mistura com a necessidade de se proteger de relações vazias e do desgaste emocional, valorizando a lealdade dos amigos e a própria trajetória acima das aparências.