Terre Lune des Illusions
Depuis la lune des illusions,
Le charme agit.
Toi, l'étranger dont la vision
Semble prendre vie.
Tu me vois sombre, mais sans détresse,
Car je sais ma voie.
Surtout ne vois point de sagesse,
Je n'ai pas la foi.
Les signes que je trace donnent ce monde obscur,
Où d'étranges êtres côtoient mon âme impure.
Je songe, las, à la lune des illusions
Cet astre où tout n'est que rêve, artifice.
Il me semble vivre dans une autre dimension,
Au-delà de ton corps, ton pâle complice.
Je me sens vivre dans une autre dimension,
Là-bas avec ton âme, ta noire complice.
Nous avons l'éternité pour rêver.
La plupart s'occupent des chairs et des choses.
Je sais l'éternité faite pour errer,
Alors je rêve de paysages moroses.
Avec le mal de vivre,
La mort dans l'âme,
Je me suis fait une existence à part.
Avec mes maux, j'ai fabriqué un drame
Cette blessure à vif est mon étendard,
Ma douloureuse amarre…
Depuis si longtemps nous vivons
Sur cette triste lune des illusions.
Sur notre planète désillusoire,
L'éternité semble sans espoir.
Terra Lua das Ilusões
Desde a lua das ilusões,
O encanto age.
Você, o estranho cuja visão
Parece ganhar vida.
Você me vê sombrio, mas sem aflição,
Pois eu sei meu caminho.
Principalmente não veja sabedoria,
Eu não tenho fé.
Os sinais que eu traço dão este mundo obscuro,
Onde seres estranhos convivem com minha alma impura.
Eu sonho, cansado, com a lua das ilusões
Esse astro onde tudo não passa de sonho, artifício.
Parece que vivo em outra dimensão,
Além do seu corpo, seu pálido cúmplice.
Sinto que vivo em outra dimensão,
Lá com sua alma, sua cúmplice negra.
Temos a eternidade para sonhar.
A maioria se ocupa com carnes e coisas.
Eu sei que a eternidade é feita para vagar,
Então eu sonho com paisagens sombrias.
Com a dor de viver,
A morte na alma,
Eu criei uma existência à parte.
Com minhas dores, fiz um drama
Essa ferida exposta é meu estandarte,
Minha dolorosa âncora…
Há tanto tempo vivemos
Nesta triste lua das ilusões.
Em nosso planeta desiludido,
A eternidade parece sem esperança.