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Letra

    [Douglas]
    Fillpe nos beat's!

    É complicado vê essa situação
    Sem emoção e com zero reais no bolso
    Não leve a mal essa minha interpretação
    Quero dar corda no meu sonho e não corda no meu pescoço

    Eu nunca puxei o gatilho e nesse lugar trilho pra que não vejam minha queda
    Botei fé que esse jogo ia virar, que tô escrevendo essa track em cima de um papel moeda

    Pedra, eu sei que cês nunca me atingirão, podem me apedrejar que sei que voltarei intacto
    Vocês idolatram demônios, ah irmão, por isso fazem rap tão compacto

    Querem dízimo pra dizimar a população
    Eu quero decibéis pra tranformar em power move
    Do palco descem dez com muita disposição
    Pra invandir seu acampamento e queimar sua Bhoemian Grove

    Ei, eu vim para brindar com meus amigos e vejo muito Pero Vaz que na rima já não caminha
    Na empresa do rap eu vim ser peão, irmão, por isso eu me dou bem com essas linhas

    Eu vim pra ser o grito do silêncio, mas me enxugo com esse lenço porquê nada repercute
    Sei que o espelho é meu adversário, eu tô na savana ao contrário, onde carcaça come abutre

    Minha munição? É rima no pipe, tô voando igual pipa e com a vida só por um fio
    Tô passando por uma fase na minha vida que no fim eu descobri que eu sou meu próprio desafio

    É, saí do comodismo pra incomodar a cena, e rapper's que encenam, chapa, me incomoda
    Escrevi essa track pra visionar o futuro e vê o meu neto gritando: Mano, o meu avô é foda!

    [Stanley]
    Não sei se é paixão ou desgosto
    Mas eu amo o rap assim como se ama um passarinho morto
    Dá nojo!

    Me lanço nesse precipício
    Me chame de drogado, minha caneta sustenta o meu vício

    É dificil atravessar Mar Vermelho sem cajado
    E impossível é que as pessoas me entendam calado

    Tendeu?
    Punchline virou chacota
    Pra àqueles que me atacam, silêncio, melhor resposta

    Vira as costas e sai andando se não gosta
    Ou investe notas no meu talento e em minha aposta

    Um cara disse que eu vou queimar no inferno
    Se imediatamente pra igreja eu não voltar
    Mal sabe ele que eu já vejo ele lá de terno
    Pelo simples fato dele apontar o dedo e me julgar

    Vim pra testemunhar minha crença com os meus amigos
    Sem precisar bater na sua porta no domingo

    Carimbo, rap de verdade sem fã page
    Cachimbo, só se for no bonézin da Blaze

    Expresso todo o meu sentimento
    De frente prum ventilador que faz mais barulho que vento

    RN violento, Mossoró quente demais
    Precisamos de uma chuva de amor com pingos glaciais

    Me sinto Manuel Bandeira, honrando minha bandeira e de sangue eu tô sujando meu uniforme
    Ando por aí tomando uns porre e escrevendo como se morre

    Cês escrevem como se vive e vivem de qualquer jeito
    Isso faz com que o rap nunca se conforme
    Eu ando por aí tomando uns porre e escrevendo como se morre

    Composição: Douglas Soares / Vyktor Santos. Essa informação está errada? Nos avise.

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