Flores Mortas (part. kamaitachi e Rodrigo Zin)

Memórias e renovação em "Flores Mortas (part. kamaitachi e Rodrigo Zin)"

Em "Flores Mortas (part. kamaitachi e Rodrigo Zin)", Duzz, Kamaitachi e Rodrigo Zin usam a imagem de guardar flores mortas em um baú no sótão para mostrar como memórias e sentimentos antigos continuam presentes, mesmo quando parecem esquecidos. Essa metáfora representa experiências passadas, especialmente amores e vivências marcantes, que ainda influenciam o presente dos personagens. A referência ao Titanic, no verso “Submersivo, igual Titanic” (Submerso, como o Titanic), reforça a ideia de afundamento emocional, mostrando o peso dessas lembranças. Apesar disso, o verso “Apesar de tudo, hoje eu me sinto renovado” indica uma busca por superação e recomeço.

A música aborda a saudade e a dificuldade de seguir em frente após relações passadas, como fica claro em “Confesso, é verdade que eu sinto falta / Das gramas que a gente queimava em uma madrugada”. O tom melancólico, típico de Kamaitachi, aparece na procura por um “céu azul” e na tentativa de encontrar leveza em meio à dor. Rodrigo Zin amplia o tema ao perguntar “a água levanta essas suas flores mortas?”, sugerindo esperança de transformação ou cura dos sentimentos antigos. A menção a “band-AIDS no mundo” destaca a necessidade de cura emocional, enquanto a repetição “os dias sempre são difíceis, meu bem, meu bem / Mas tem coisas boas também” mostra a dualidade entre sofrimento e superação. No final, a música sugere que, mesmo com as marcas do passado, é possível buscar renovação e novos sentidos para as experiências vividas.