La gitana

A Cigana

La gitana

Da minha casinha de juncoDe mi chocita de juncos
ela escapuliu uma manhãse me escapó una mañana
cheia de raiva e coragemllena de rabia y coraje
num cesto de canasen un canasto de cañas
levava toda a sua bagagemllevaba to su equipaje
Era de raça ciganaEra de raza gitana
minha gente não a queriami gente no la quería
ela escapuliu uma manhãse me escapó una mañana
que má sorte a minha!¡qué mala suerte la mía!

Quem já viu uma cigana¿Quién ha visto a una gitana
entre os algodoeirosentre los algodonales
com sua blusinha brancacon su camisita blanca
justinha na cintura?amarraíta en el talle?
Só por ser ciganaTan sólo por ser gitana
minha gente não a queriami gente no la quería
ai, como não gostavamay, ¿cómo no les gustaba
do seu rosto moreno, minha ciganinha?tu cara morena, gitanita mía?
eu por você me desfaço, você é minha alegria.yo por ti me muero tu eres mi alegría.

Quem já viu uma cigana¿Quién ha visto a una gitana
no rio ao meio-dia?en el río a medio día?
como lavando dançavacomo lavando bailaba
com as saias estendidascon las enaguas tendías
Se um dia você a encontrarSi un día te la encontraras
diga que eu não a esqueçodile que yo no la olvío
que minha casinha é sua casaque mi chocita es su casa
que eu a amo mais do que nunca a ameique la quiero más que nunca la he querío
que diga que ela volte pro meu ladoque dile que se vuelva al laito mío

Quem já viu uma cigana¿Quién ha visto a una gitana
atrás do seu burrinhodetrás de su borriquillo
ouvindo uma cigarraescuchando una cigarra
que cantava nos oliveiras.que cantaba en los olivos.
Às vezes quero esquecê-laA veces quiero olvidarla
às vezes sonho com elaa veces sueño con ella
quando puxo meu cobertorcuando tiro de mi manta
tô com saudadete hecho de menos
não tá do meu ladono estás a mi vera
com o quanto eu te querocon lo que yo te quiero
menina do cesto.niña canastera.

Vou procurando uma ciganaVoy buscando a una gitana
com uma rosa no cabelocon una rosa en el pelo
tomara que eu a encontrasseojalá me la encontrara
pra dizer que a queropa decirle que la quiero
Deixá-la como sonhavaDejarla como soñaba
vendendo rosas e cravosvendiendo rosas y claveles
que era o que ela gostavaque era lo que le gustaba
não queria terra, nem barraca, nem redesno quería tierra ni baraca ni redes
que se não acabasse com dez filhinhos.que si no acabara con diez churumbeles