Playthings Of Luv

Reflexão sobre o amor e o destino em “Playthings Of Luv”

“Playthings Of Luv”, de Ed Motta, explora a natureza passageira e enigmática dos relacionamentos. O título sugere que as pessoas são como brinquedos nas mãos do amor, sujeitas a forças que não conseguem controlar. Isso fica claro nos versos “He doesn’t / She doesn’t know / Nothing to know / Playthings of luv” (Ele não / Ela não sabe / Nada para saber / Brinquedos do amor), que destacam a falta de compreensão mútua e a sensação de que tudo é transitório e, de certa forma, predestinado.

A atmosfera nostálgica da faixa, presente no álbum “AOR” e reforçada pela colaboração com Rob Gallagher, remete ao Adult Oriented Rock dos anos 70 e 80. Metáforas como “I didn’t need to find the moon” (Eu não precisei encontrar a lua) e “Out of the tree then we fell” (Caímos da árvore) sugerem que o amor não exige grandes explicações e que a queda pode simbolizar a perda da inocência ou o fim inevitável de um romance. Perguntas repetidas como “Are we too are we too slow / Are we to are we to know” (Estamos indo devagar demais? / Devemos saber?) reforçam a incerteza, enquanto “Only gods ever knew why / So there is no need for us to tell” (Só os deuses sabiam o porquê / Então não precisamos explicar) indica que o sentido do amor está além da compreensão humana.

A melancolia da letra é intensificada pela instrumentação suave e pela interpretação vocal de Ed Motta, que transmite resignação diante do desconhecido. O refrão “Don’t waste you time there is nothing there / Don’t even want to know me now” (Não perca seu tempo, não há nada lá / Nem queira me conhecer agora) evidencia o distanciamento e a desilusão, enquanto imagens como “dancing” (dançando) e “played just like we should be played” (tocados como deveríamos ser tocados) reforçam a ideia de que, no amor, todos acabam desempenhando papéis já definidos. A canção reflete sobre a transitoriedade dos sentimentos e a dificuldade de entender ou controlar as dinâmicas afetivas.