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Manifesto do Azulejo

Edgar

Letra

    Sem asfalto e sim pomares
    Ilhas de calor melhor vir com árvores
    Que vira dinheiro, vira assalto
    Faz assassino, vira programa
    Outrora um furto, vira um surto de mega-sena
    Megalomaníaca
    Ensina e acena a faz um drama
    Faz virar combustível
    Que movimenta o veículo invisível
    Que atropela tudo e todos
    Com seus próprios emblemas e logos
    As marcas marcam mais

    Um passo pra frente, dois passos pra trás
    Não piso em você nem nos ancestrais

    Calma, calma
    Relaxa o corpo o espírito e a alma

    Também quero homeostase
    Econômica e ambiental
    Também quero estabilidade
    Financeira e emocional

    Vivo atento e tento
    Não causar destroços
    Não tenho tanto tempo
    Pra finais que já são óbvios

    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos
    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos

    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos
    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos

    Quebra o azulejo deixa a terra entrar
    Quebra, quebra o azulejo deixa a terra entrar

    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos
    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos

    Quebra o azulejo deixa a terra entrar
    Quebra, quebra o azulejo deixa a terra entrar

    Enquanto o mundo não para e jogam mais cimento
    Preparem seus argumentos, right

    As pessoas perceptivas, não percebem mais
    Abram se as portas, as mentes e os portais
    E mesmo sabendo que não te importa
    Um terreno baldio consegue virar horta
    Quantos dias você suporta
    Ficar sem comida e sem água?
    Sem soja, sem mágoa, contaminação tóxica

    Olha como ela vai
    Olha como ela vem
    Maceió uma hora cai
    Vira um condomínio da Braskem
    Uma nova Dubai
    Que vai afundar também
    Rio de Janeiro vem na sequência
    Virando uma nova Jerusalém
    E o povo vive a margem das barragens
    Esperando que as sirenes toquem

    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos
    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos

    Quebra o azulejo deixa a terra entrar
    Quebra, quebra o azulejo deixa a terra entrar

    Quebra o azulejo deixa a terra entrar
    Quebra, quebra o azulejo deixa a terra entrar

    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos
    Sou o que sou, sou o que sou
    Sou o que sou, sou o que sou pelo o que nós somos

    Quebra o azulejo deixa a terra entrar
    Quebra, quebra o azulejo deixa a terra entrar

    Quebra o azulejo deixa a terra entrar
    Quebra, quebra o azulejo deixa a terra entrar


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