That's My Way (part. Seu Jorge)

Esperança e resistência em "That's My Way (part. Seu Jorge)"

"That's My Way (part. Seu Jorge)", de Edi Rock, transforma vivências de dor e luta em uma mensagem de esperança e perseverança, sem idealizar as dificuldades das periferias. O verso “A ferida sara mas na alma não tem cura” mostra como as marcas da violência e da injustiça permanecem, mesmo quando a situação melhora. Já em “Eu tô lá, lado a lado com a fé no coração / Nem que pra isso eu amanheça dormindo no chão, meu irmão!”, a letra destaca a importância da fé e da resiliência diante das adversidades do dia a dia. O videoclipe, gravado no Morro do Vidigal, reforça essa conexão ao retratar a perda e a luta de uma comunidade, ampliando o impacto social da música ao refletir a realidade de muitos jovens negros e pobres no Brasil.

A parceria com Seu Jorge intensifica o tom inspirador, principalmente no refrão, que usa a luz do sol como símbolo de esperança e renovação: “Eu gosto de pensar que a luz do Sol vai iluminar o meu amanhecer / Mas se na manhã o Sol não surgir / Por trás das nuvens cinzas tudo vai mudar / A chuva passará e o tempo vai abrir”. Esse trecho sugere que, mesmo nos momentos mais difíceis, sempre existe a possibilidade de recomeço. A letra também aborda temas como racismo institucional (“A polícia é racista, mais do que ninguém”), a dualidade da vida na favela (“A favela entre o céu, e o inferno, Jerusalém”) e a busca por dignidade. Ao afirmar “That's my way and I go / Esse é meu caminho e nele eu vou!”, Edi Rock reafirma sua resistência e autenticidade, inspirando o ouvinte a persistir em sua própria jornada.