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Silhuetas De Campo

Edinho Perlin

Letra

    Chegou a febre do soja
    Na região da fronteira
    Tem gente vendendo gado
    Deixando aberta a porteira
    Mudando o perfil rural
    E a paisagem campeira

    Gente judiando da terra
    Que me legaram antigos
    Com veneno dessecante
    Sem ter noção do perigo
    Roubando a vida silvestre
    Matando o campo nativo

    (Minha alma de gaúcho
    Estampada na poesia
    Com medo dessa mudança
    De uma invernada vazia
    De não ver na primavera
    Uma vaca lambendo a cria)

    Meus olhos temem o deserto
    No que era campo em flor
    De não ver nas manhãs de maio
    Uma tropa em fiador
    E o grito de chega paisano
    Na boca de um domador

    Talvez por achar que o tempo
    Não perdoa, não dá trégua
    E a mão de quem semeia
    Só tem um rumo que cega
    Pois o campo embora forte
    Sua vida um dia se entrega

    (Minha alma de gaúcho
    Estampada na poesia
    Com medo dessa mudança
    De uma invernada vazia
    De não ver na primavera
    Uma vaca lambendo a cria)

    Composição: Alex Silveira / Rogério Melo. Essa informação está errada? Nos avise.

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