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Deus Conserve Pra Sempre Meu Bom Senso Temperado a Pitadas de Loucuras

Edu Krieger

LetraSignificado

    Eu respeito a crendice dos ateus
    E a descrença que mora nos beatos
    O atrativo daqueles que são chatos
    E o modesto que as vezes se acha Deus

    Reconheço o valor dos versos meus
    E a sujeira que habita a mente pura
    A pureza que mora na mistura
    E a discórdia que mora no consenso

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Eu respeito as hipócritas verdades
    E o valor natural dos imperfeitos
    Pois somente através dos seus defeitos
    Poderão destacar as qualidades

    Reconheço o valor das falsidades
    E a mentira que mora em cada jura
    Tanta lágrima mole em cara dura
    Que eu já nem ofereço mais meu lenço

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Eu respeito o lamento dos contentes
    E a alegria que mora em todo pranto
    O pecado que mora em cada santo
    E o temor que apavora os mais valentes

    Reconheço a moral dos indecentes
    E o sabor palatável da amargura
    O azedume que mora na doçura
    E a fumaça que limpa pelo incenso

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Eu respeito a breguice do elegante
    E a desordem na mente do analista
    O desanimo mora no otimista
    E a inocência namora o meliante

    Reconheço a modéstia do arrogante
    E o maestro que odeia partitura
    O erudito que foge da leitura
    E o aluno que adora ser suspenso

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Eu respeito a vontade do capacho
    E o sucesso de todo o fracassado
    A macheza do homem delicado
    E a porção delicada do homem macho

    Reconheço a elegância do esculacho
    E o poder criador da criatura
    A coragem que mora na paúra
    E o valor da derrota quando venço

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Eu respeito a esperteza que há no tolo
    E a tolice que mora em cada sábio
    O mau jeito que mora no mais hábil
    Jubileu celebrado em cada bolo

    Reconheço a desculpa para o tolo
    E o valor nutritivo da gordura
    A doença saudável que nos cura
    E a paixão que parece amor intenso

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Eu respeito a doideira do careta
    Lucidez que se mostra no maluco
    A memória que mora no caduco
    E o fantasma que mora na gaveta

    Reconheço o caráter da mutreta
    E a beleza que mora na feiura
    Pilantragem que mora na lisura
    E a pressão 10 por 8 do hipertenso

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Eu respeito o sorriso do sisudo
    E a tristeza que mora na risada
    Quem é tudo mas diz que não é nada
    Quem é nada mas diz que sabe tudo

    Reconheço a grandeza do miúdo
    E a umidade que mora na secura
    Noite em claro que ofusca noite escura
    E a incerteza que mora no que eu penso

    Deus conserve pra sempre meu bom senso
    temperado a pitadas de loucuras

    Enviada por Luciana. Legendado por Hariel. Revisão por Aline. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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