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Repente (Improviso)

Eduardo Costa

Letra

    O meu coração está agora
    Repleto de sentimento
    Vou cantar para o meu povo
    O que eu sinto neste momento
    A saudade que machuca
    Que machuca e me corrói
    Essa dor quase me mata
    Não adianta sarar
    Quanto mais sara, mais dói

    Esse verso é no improviso
    Eu gosto de improvisar
    Eu gosto de falar cantando
    E ele gosta de tocar
    Ele fazendo viola
    Esse rapaz dá um show
    Mas pra tocar a viola
    Somente eu e o Diow

    A viola é um instrumento
    Muito usado na catira
    É usado no flamenco
    No jazz e até no caipira
    Tem gente que toca de dedeira
    Outros tocam de palheta
    Outros falam mal dos outros
    Bando de zé buceta

    Eu vou te contar uma história
    Cê não vai acreditar
    Eu canto improvisando
    E eu gosto de improvisar
    Eu canto olhando pro cabo
    E você toca sem olhar
    É inspiração divina
    Como coisa que eu falo
    Eu acordo bem cedinho
    É logo no cantar do galo

    Essa noite hein, meu amigo
    Minha vida tá uma droga
    Eu quero dançar forró
    Mas forró ninguém mais toca
    Tá doendo o meu peito
    Queimando o meu coração
    Esse maldito coronavírus
    Não vai deixar ter são João
    Vai ter milho e pipoca
    E as barracas de taboa
    Vai ter muita mulher linda
    Gostosa e muito boa
    Tem mulher que é muito calma
    Tem mulher que é muito louca
    Eu não faço escolha alguma
    Quero as duas pra beijar a minha boca

    Minha viola tá com eu faço
    Quem pôs foi esse Maurício
    Esse cara é gente boa
    Mas tem gente que acha um estrupício
    É um cara esquisito
    Talentoso
    O som do instrumento dele
    Provoca um sonzinho gostoso
    Um som que não desafina
    Se desafinar é harmonioso

    Todo mundo que é mineiro
    Um talento às vezes tem
    Nem que seja pra roubar
    Eu não conheço ninguém
    Eu vou te contar uma coisa
    Um sonho muito engraçado
    Eu sonhei que era um caçador
    E o dionísio era um viado

    Eu vou te falar um negócio
    Deu vontade de improvisar
    De cantar uma moda do Luiz Gonzaga
    Pra ver as muié dançar
    Umas dançam sem calcinha
    Outras dançam de calçola
    Uma dança de vestido
    E outras de camisola
    Eu quero todas pra mim
    Beijo todas numa hora
    Eu faço com as mulher
    O que o pelé fazia com a bola

    Eu vou te contar uma coisa
    Vocês vão acreditar
    Hoje eu acordei bem cedo
    Não teve o Sol da manhã
    Agora à tarde choveu
    E eu vi no Instagram
    Todo mundo tá me ouvindo
    Todo mundo tá cantando
    Outros nem sabem que eu
    Estou agora improvisando

    O meu sotaque é homenagem
    Ao meu povo nordestino
    Que apesar de ensino
    A alma é de menino
    O meu sonho, meu amigo
    É ser um cabra da peste
    É comprar uma casinha
    Pequenina no nordeste
    Na boca de uma praia
    Com uma nordestina boa
    Que não pode ouvir um som
    Que as pernas balançam à toa

    Eu vou te falar uma coisa
    Pra poder me despedir
    Eu não tava programado
    De hoje cantar aqui
    O que eu vou falar agora
    É sincero pra você
    Tô todo sujo de estudo
    Nem a barba deu pra fazer

    Sempre que eu tomo banho
    É um banho demorado
    Lá dentro do meu banheiro
    Eu não conto o que eu faço
    Entro nuns sites gostosos
    Que dá um gosto de ver
    Vou mandar o link do xvídeos
    O nome das atrizes pra você
    Mas cuidado, meu amigo
    Aqui é coisa do tinhoso
    Descobri que bater punheta
    É um ciclo vicioso
    Pode até causar um vício
    Mas bater o trem é gostoso

    E pra me despedir agora
    Mando um beijo pra vocês
    Todo dia trago a viola
    E canto pro cês outra vez
    Mas uma coisa eu não prometo
    Promessa tem que cumprir
    Prefiro tocar sozinho
    O diow não pode tá aqui
    Esse sujeito é imundo
    Safado e vagabundo
    Tem uma mulher gostosa
    Que é coisa de outro mundo

    O nome dela é bonito
    Mas é um nome um pouco estranho
    Mas com a beleza dela
    Pro nome eu não tô nem aí
    O nome dela é shelinha
    Eu gosto que ela vem aqui
    Não é pra poder cobiçar
    É só para analisar
    Eu quero um trem parecido
    Com a shelinha pra eu casar
    Só que eu vou pegar o chicote
    Um chicote bem macio
    Que é pra não doer as costas
    Quando ela me bater em época de frio
    A mulher é bem nervosa
    Filhinha do satanás
    Não tem capeta no mundo
    Que faz o que a shelinha faz

    Agora eu vou me embora de verdade
    Vou despedir com um ponteado
    Você com esse violão
    E eu com a viola de lado
    Um beijão para vocês
    E um abraço apertado
    Tomara que os improvisos
    Do eduardo costa tem agradado
    Se não agradou, foda-se o mundo
    Prometo ensaiar mais
    Eu amo nosso nordeste
    Mas sou de Minas Gerais
    E bons tempos na minha vida
    Eu passei lá no meu Goiás


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