Catimbó

Sinfonia em mata escura, simbolismo na escrita
Tá tão claro á luz da Lua, escondido na esquina

Palito cheiro tá ficando quente
Círculo arado tenha dó da gente
Desenha estrela com o galho da mente
Eu vi no espelho tudo o que cê sente

Eu botei nome e selei Santo em Ouro
Entoei canto do livro de couro
Se não me engano foi seu Salomão
Que trouxe até aqui a Arca do Tesouro
A reza braba que todos conhecem
Acende a vela preta com a faca no fogo

De mercúrio foi pra ouro maciço
Tenta imitar sem saber o feitiço
A palavra não é aquilo que laça
A força da vontade é que evita o enguiço

Conheci muito que é só simpatia
E os carrancudo com cara de bode
Gente de luz que brilha e dá alegria
Mas os invocado comigo não pode

Eu botei nome e selei Santo em Ouro
Entoei canto do livro de couro
Se não me engano foi seu Salomão
Que trouxe até aqui a Arca do Tesouro
A reza braba que todos conhecem
Acende a vela preta com a faca no fogo

Oshe! Cipriano, vai
Baião
Paranauê Paraná