exibições de letras 6.414

A Era Das Chacinas

Eduardo

Letra

    Os crimes mais bárbaros, não vem dos salves
    Vem dos que ostentam placa de vigilância na propriedade
    Pra proteger alphatec, philip, a ilha particular
    Fundaram a época dos gambés licenciados pra matar
    O ciclo onde a barca enquadra, faz o levantamento
    Pra milícia de gol, placa fria, gerar 10 sepultamentos
    O toque de recolher do governo de esquerda
    Criam retiro de arrasados pelos estágios da perda
    O dó-ré-mi da bxp afeta a coronária

    Do que implora exumação pra apurar morte arquivada
    Enquanto o rap põe gelo no balde da ostentação
    Alugam busão pro cortejos da solação
    Militantes sagram, denunciando a injustiça seletiva
    Que criminaliza, condena, dizima, população empobrecida
    A síria se assustaria com 8 carros funerários
    Saindo do mesmo bairro, no mesmo horário
    Em uma semana os protetores dos “lords” brancos

    Matam mais que a ditadura em 20 anos
    (No hit estamos no charle dien) magnifico
    Na real enchemos macas, baús, frigoríficos
    Com sorte quando a 12 do paiol da pm engasga
    Formamo a fila do sus por enxerto em plástica
    Minha rima se junta ao clamor de justiça na cartolina
    Pra ser outro ato de repudio contra a era das chacinas

    A era contemporânea com seus rifles e tocas ninjas
    Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
    Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
    Candidato aos clá-clá-bum e velório coletivo
    O pedido do secretario de segurança é especifico
    Soldados atenção! Sem testemunha e feridos
    Abatam pelo cabelo, pela roupa, pela cor
    Só cuidado com a laje, com cinegrafista amador
    Da um vazio vê que ainda não fiz o escrito
    Com o poder de evitar os enterros coletivos

    Impedir que os antigos vizinhos de rua
    Depois dos bum se tornem vizinhos de sepultura
    Meu sonho é ver na cova clandestina com estuprador
    Os pedaços decompostos de uma pá de ditador
    Também queria uma comissão de verdade e justiça
    Pra jugar 19 milhões de assassinos racistas
    Assinaturas em condenações pelo record consumado
    De autopsia na faixa etária dos 15 aos 24
    Cadê a presidenta? Que chora por um universitário

    Em prantos pelo favelado chacinado
    Pousando a porra do helicóptero presidencial
    Pra visitar sobrevivente em recuperação no hospital
    Só abaixo minhas armas e deixo o combate
    Com 90% das vagas, das faculdades
    Enquanto a representatividade for no índice de finados
    Muito eike vai ter pesadelo com o eduardo
    Na era moderna iluminista pedi igualdade
    Na era das chacinas pedem restos mortais pras autoridades

    A era contemporânea com seus rifles e tocas ninjas
    Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
    Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
    Candidato aos clá-clá-bum e velório coletivo
    Irmão, se sair do atendado da elite com vida
    Cuida dos ferimentos em casa, não vai na clinica
    Se for internado, assinou o suicídio
    O plantonista liga pros vermes terminarem o serviço
    Não existe, humanidade, juramento de hipócrates
    Quando o choque hipovolêmico, sufoca o pobre
    O avanço de nossa era, é celular com cartão de memoria
    Que armazena os gygas de sumiço das capsulas predatórias
    Da zoom no pm, chefe do time

    Que destrói sem constrangimento a cena do crime
    Colhemos as tragédias do plano de higienização
    Por que nunca entramos nos comitês com granada na mão
    Se pudesse bloquearia o patrimônio do governador
    Pra dividir com degradados pelo terror
    Como não dá, empresto a voz pra garganta silenciada
    Pela 762 com rajada sequenciada
    Pra mãe que enfrenta promotores, armada de foto
    Que com sua luta evita outros atestados de óbito
    Meu critico pode negar as traçantes do extermínio

    Mas não afirmar que pertencemos a uma pátria, um hino
    Se é excluído não conhecesse a democracia
    Muito menos alegria representada na alegoria
    Assim que a quadra receber, caixões no lugar de torcida
    Se sentirá como eu, na era das chacina
    A era contemporânea com seus rifles e tocas ninjas
    Deu luz no solo segregado, a era das chacinas
    Depois das 10 todo excluído, vira alvo vivo
    Candidato aos clá-clá-bum e velório coletivo


    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Eduardo e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção